Osvaldo Fontes Filho
Escola de Filosofia
Programa de Pós-Graduação: História da Arte
E-Mail: osvaldo.fontes@unifesp.br
Resumo
Mestre e Doutor em Filosofia pela FFLCH-USP, com pós-doutorado na UNESP de São José do Rio Preto, desenvolveu durante anos pesquisas nas áreas de Ciências da Linguagem e Filosofia da Arte na Université François Rabelais de Tours/França, bem como no Centre dHistoire et Théorie de lArt da École de Hautes Études en Sciences Sociales de Paris/França. Foi docente de Estética da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo por 22 anos. Atualmente, como docente no Departamento de História da Arte da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo, é responsável pela cadeira de Filosofia da Arte e Estética e é corresponsável pela Linha de pesquisa "Arte, Política e Filosofia" do Programa de Pós-Graduação. Como pesquisador, concede particular atenção aos debates em torno dos pressupostos epistemológicos e dos paradigmas visuais da escrita da história da arte; interessa-se, ainda, pelas relações entre arte e política, pelas representações do corpo, assim como pela temporalidade/historicidade das imagens. Sua produção textual invariavelmente investe modelos transdisciplinares de trato com a imagem contemporânea em sua acepção mais ampla (das artes visuais às visualidades do mundo, das processualidades artísticas ao pensamento especulativo em estética e em história da arte).
Fonte: Lattes CNPq
Nomes em citações bibliográficas
FONTES FILHO, Osvaldo
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Compreende bem, Fala razoavelmente, Lê bem, Escreve razoavelmente
Formação
Doutorado em Filosofia
L´historicité des formes expressives dans la phénoménologie de Merleau-Ponty
História da Filosofia
Orientação: Fernando Gil
Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales de Paris
Doutorado em Filosofia
Les structures rhétoriques de l´historiographie humaniste: figures d´éloge et de vitupération
História da Filosofia
Orientação: Jean-Claude Margolin
Centre d´Etudes Supérieures de la Renaissance- Université François Rabelais
Doutorado em Filosofia
Merleau-Ponty na trama da experiência
Estética
Orientação: Andréa Maria Altino de Campos Loparic
Universidade de São Paulo
Mestrado em Filosofia
Retórica e Ética em Leon Battista Alberti
Estética
Orientação: Leon Kossovitch
Universidade de São Paulo
1984 a 1992
Graduação em Engenharia Civil
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
1976 a 1980
Graduação em Filosofia
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
1977 a 1981
Produção
2023
2021
2020
2019
2018
2017
2016
2015
2014
2013
2012
2011
2010
2009
2008
2007
2006
2005
2003
Atuações
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
-
Professor
1987 a 2009
IBILCE-UNESP de São José do Rio Preto
-
Pesquisador
Bolsista Pós-Doutorado
2005 a 2007
Universidade Federal de São Paulo
-
Professor Adjunto IV
Desde 2009
Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas/UNIFESP
-
Professor adjunto IV
Desde 2009
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
-
Membro de comitê assessor
2020 a 2020
Ensino
Orientações e supervisões
Dissertação de mestrado em andamento
-
A memória por imagens de apagamento. Diálogos visuais com as obras de Leila Danziger e Rosângela Rennó.
Programa de Pós-Graduação em História da Arte
Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas/UNIFESP
Desde 2022
-
Hélio Oiticica: Corpos, Vestimentas e Imagens Queer
Programa de Pós-Graduação em História da Arte
Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas/UNIFESP
Desde 2022
Dissertação de mestrado concluídas
-
A(r)tivismo e ações estético-políticas em coletivos de expressão queer
Programa de Pós-Graduação em História da Arte
Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas/UNIFESP
Concluído em 2023
-
Costuras do Eu. Poética visual e objetualidades em Leonilson
Programa de Pós-Graduação em História da Arte
Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas/UNIFESP
Concluído em 2023
-
Gabriel Brito Bueno de Oliveira
Poética do sensível no campo expandido do (pós-)fotográfico
Programa de Pós-Graduação em História da Arte
Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas/UNIFESP
Concluído em 2023
-
Cristiano Alexandria de Oliveira
A eficácia da imagem em Georges Didi-Huberman
Programa de Pós-Graduação em História da Arte
Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas/UNIFESP
Concluído em 2016
Gestão
Pesquisa
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
-
Linguagem e Subjetividade (Por uma antropologia filosófica do Homem moderno)
Esta pesquisa objetivou prospectar em recentes expressões da individualidade um retrato da vacuidade do sujeito moderno, precisa contrafação do Ego transcendental. Para tanto, foram investigados autores-chave de uma auto-retratística moderna (Michel Leiris, Georges Bataille, Maurice Blanchot, Roland Barthes) que, na linhagem dos Ensaios de Montaigne, dos Devaneios de Rousseau, do Ecce Homo de Nietzsche, repensam a força representacional da linguagem ao mesmo tempo que a propõem no registro declaradamente dilacerante de uma ?ferida aberta? da subjetividade moderna. Além da investigação da escrita autobiográfica em sua reinvenção das figuras e simulacros do Si soberano, este estudo motivou-se a examinar construções conceituais recentes (Paul Ricoeur, Francis Jacques, Emmanuel Lévinas, Jacques Derrida, Gilles Deleuze, Giorgio Agamben, entre outros) onde são suscitadas questões concernentes à constituição do sujeito através das narrativas e atos do conhecimento, na esteira da escrita crítica da experiência histórica (Erfahrung) proposta por Walter Benjamin. O objetivo geral é o de ressaltar um comum empenho de certa linhagem francesa da filosofia moderna/contemporânea em deslegitimar uma fenomenologia do conhecimento enquanto extensão natural da experiência interior.
2003 a 2006
-
A experiência do sensível, entre Arte e Pensamento
Este estudo objetivou esclarecer o alcance das análises fenomenológicas no sentido de sua caracterização de uma Filosofia que, modernamente, deixa falar a experiência sensível na perspectiva própria à subjetividade. Procurou-se mostrar como, em tal engajamento, renova-se o estatuto da interrogação filosófica, quando confrontada com as diferentes figuras da filosofia reflexiva, registro do esquecimento da ordem bruta da existência. Abertura para questões de fato, "que vão mais longe que as verdades de razão", nas palavras de Merleau-Ponty, a experiência sensível permite descortinar uma anarquia e uma selvageria dos modos de sentir, pensar e fazer, quando apreendidos anteriormente à sua declinação nas instâncias objetiva (em si) e subjetiva (para si) da intencionalidade. Ao percorrer os modos expressivos que assume o lugar da experiência bem como as experimentações conceituais que motiva, este estudo propôs esclarecer como um pensamento da experiência, conformando-se ao largo de todo saber positivo (científico ou técnico), permite à filosofia renovar com os procedimentos da Arte e ali surpreender uma "vida clandestina" da Metafísica.
Autores: Osvaldo Fontes Filho
1994 a 2003
-
A tratadística de arte renascentista e a retórica humanista
Este estudo objetivou caracterizar as transformações do espaço artístico e filosófico entre o primeiro Renascimento e os Clássicos em função de um duplo modelo, mnemônico e retórico, das estruturas de representação do início da Era Moderna. Ocasião para aproximar imagem e conceito a partir do modo como ambos são tomados no registro retórico, qual seja, a partir da deslegitimação do universal sobre o qual se assenta o conhecimento filosófico em favor de uma casuística da imagem (verbal e visual), fundamento das poéticas de viés humanista. Pretendeu-se, com isso, distinguir os elementos conformadores de uma estética e de uma ética do Moderno segundo os modos de uma decisiva disjunção operada pela dialética humanista (Valla, Agricola, Ramus, Alberti, Vivès, entre outros) entre a invenção filosófica da Verdade e a tópica retórica da Imagem.
Autores: Osvaldo Fontes Filho
1987 a 1991
-
Técnica e Cultura; Pensamento e Comunicação
Este projeto objetivou subsidiar o trabalho em sala de aula de percurso pelas diversas críticas filosóficas da racionalidade, situando-as na história do Poder, do Saber e da própria Filosofia. Procurou-se, com isso, identificar dualidades condicionantes de toda compreensão da tecnicidade do saber e do fazer : Natureza-Cultura, Sujeito-Objeto, Fim-Meio, Sensível-Inteligível, Liberdade-Necessidade. Bem como esclarecer o alcance crítico do debate multissecular entre a Técnica e a Cultura, debate amplamente tributário da Filosofia na sua insistente oposição entre antropocentrismo e tecnocentrismo. De modo complementar, a pesquisa procurou explorar alguns momentos do debate contemporâneo da Filosofia sobre o devir do sujeito, da sociedade, da técnica e da cultura, objetivando identificar paradigmas atuais de pensamento e de comunicação.
Autores: Osvaldo Fontes Filho
2001 a 2004
IBILCE-UNESP de São José do Rio Preto
Universidade Federal de São Paulo
-
Filosofias, políticas e contra-histórias da arte
O destino da História da Arte tem bifurcado a caminhos diversos daqueles abertos há tempos por uma iconologia e iconografia triunfantes. Por força de desafios criados pela diversidade expressiva que caracteriza a contemporaneidade, fraquejam seus preceitos metodológicos, tocados por uma preceptiva pouco inclusiva. Este projeto parte da avaliação do alcance crítico de recentes questões teórico-metodológicas colocadas à disciplina de História da Arte por alguns pensadores contemporâneos da imagem tributários, direta ou indiretamente, da Filosofia e do pensamento estético. Procura-se, assim, estimar o alcance revisionista do enfrentamento em perspectiva estética de questões imposta por um pluriculturalismo pós-moderno. Focaliza-se, ainda, a proposta de uma contra-história da modernidade artística, saber urdido na dobradura escondida dos acontecimentos oficiais de uma cronologia linear e de um idealismo estetizante, que tem apontado para a particular eficácia das imagens na escrita da História. Por fim, são convocadas autorias comprometidas com aproximações transculturais. Por um lado, visam-se revisionismos teórico-historiográficos afeitos a relações repensadas entre arte e política, tanto nas artes plásticas quanto no cinema e na fotografia. Por outro lado, este projeto abriga poéticas visuais interessadas em repensar a condição da imagem junto a repertório de atualidade: iconografias do corpo, representações da memória, temporalidade das imagens, estéticas do cotidiano, política da estética e estética da política, partilhas do sensível, dentre outros motivos. A aproximação entre o conceitual e o imagético permite avaliar possibilidades e limites da historiografia de arte, seus procedimentos de conhecimento, modelos discursivos e categorias de pensamento. Assim pautado, e na crítica dos comportamentos e dos métodos consagrados pela historiografia universitária (ainda por demais fechada em suas metodologias positivistas e em seus historicismos redutores), este projeto abriga autores e meios expressivos capazes de ilustrar renovados registros estéticos e políticos da imagem e da sensibilidade.
Autores: Osvaldo Fontes Filho
Desde 2013
-
O Corpo, entre Arte e Medicina: um levantamento iconográfico e bibliográfico
Este projeto fez parte da linha de pesquisa "Arte,Política e Filosofia: conceitos e práticas" do depto. de História da Arte da UNIFESP, e beneficou-se de dotação pela FAP UNIFESP (Fundação de Apoio à Universidade Federal de São Paulo). Ele consistiu na investigação dos modos pelos quais as artes visuais e o saber médico pensam e representam o corpo em diferentes momentos da história moderna e contemporânea. O motivo do corpo, onipresente nas construções do imaginário e do intelecto, solicita conhecimentos de natureza variada. Razão porque este projeto abrigou trabalhos de pesquisa de alunos-bolsistas (quatro no primeiro ano e outros quatro no segundo ano) em torno de uma bibliografia heterogênea, interrogativa do corpo em seus protocolos imagéticos e conceituais: textos de história da arte e da medicina, de antropologia, de sociologia, de psicologia/psicanálise, de literatura e de filosofia. À pesquisa de tal textualidade, onde o corpo é assumido na diversidade de seus motivos (paixões, sensações, obsessões, patologias e estetismos de toda ordem), acrescentou-se uma ampla documentação iconográfica: dos tratados renascentistas de anatomia aos documentos de uma recente corporeidade virtualizada. No envolvimento, pois, com fontes imagéticas e textuais tributárias de saberes diversos, tratou-se de focalizar a profícua, e ainda pouco explorada, história de colaborações entre representação artística e investigação médica. O escopo último da pesquisa foi o de produzir uma síntese da cultura visual (na forma de um banco de imagens informatizado, ora em construção) em torno do corpo, de suas evidenciações científicas a certas apropriações artísticas, passando pelos múltiplos protocolos sociais de sua normalização/normatização, idealização, anatemização, espetacularização. A pesquisa abrigou assim tanto modos de representações do universo da Medicina nas Artes Visuais quanto as contribuições do saber médico para o imaginário contemporâneo em torno do corpo.
Autores: Osvaldo Fontes Filho, Gabriel Brito Bueno, Wellington Souza Silva, Amora Julia Cunha Bueno, Luiz Fernando Invernizzi, Willian Izídio Almeida
2011 a 2016
-
Dialética das formas e contra-história da arte: Georges Bataille segundo Georges Didi-Huberman
Pesquisa tendo por objeto primeiro o trabalho de subversão do pensamento iconográfico conduzido por Georges Bataille entre 1929 e 1930 nos textos e montagens figurativas da revista Documents, trabalho que o historiador e filósofo da arte Georges Didi-Huberman analisa em termos de uma contra-história, escrita na dobradura escondida dos acontecimentos oficiais, motivada pela necessidade de subverter idealismos estetizantes por meio dos quais toda uma tradição acadêmica mantivera-se atrelada à noção de Belas-Artes. Esta pesquisa procurou esclarecer os condicionantes epistemológicos e historiográficos de tal subversão, bem como avaliar o alcance crítico da História e da Teoria da arte a que ela alude. Para tanto, considerou a leitura didi-hubermaniana de Bataille na medida em que esta se interessa pelos cruzamentos entre pensamento transgressivo e pensamento estrutural, e se detém na conjunção das vanguardas artísticas (pintura, escultura, cinema, fotografia) e das ciências humanas (arqueologia, história, etnologia, psicanálise). Ao focalizar um processo do devir da forma (sua figuração e desfiguração), ao reivindicar uma dialética das formas ali onde a filosofia hegeliana prometia expulsar o perigo das imagens em um método absoluto do pensar, ao convocar, enfim, os modelos formais da vanguarda artística de modo a compor com as formas baixas uma ofensiva a toda lógica antropológica, Documents revela-se mecanismo de desmantelamento da metafísica ocidental. Razão porque se ressalltou o interesse filosófico de um trabalho de arqueologia conceitual e iconográfica conduzido por um historiador da imagem, com nítidos reflexos em uma historiografia de arte revisionista dos reducionismos iconológicos. Em torno da noção batailliana de dialética das formas, a história da arte como disciplina viu-se assim examinados seus procedimentos de conhecimento, seus modelos discursivos e suas categorias de pensamento.
Autores: Osvaldo Fontes Filho, Cristiano Alexandria de Oliveira, Anna Sun Hee Park, Tamiris Maróstica da Costa
2009 a 2012
Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas/UNIFESP
Atualização Lattes em 2024-06
Processado em 2024-07-22