Sandro Kobol Fornazari
Escola de Filosofia
Programa de Pós-Graduação: Filosofia
E-Mail: sandro.kobol@unifesp.br
Resumo
Sandro Kobol Fornazari é professor do Departamento de Filosofia da Universidade Federal de São Paulo, desde 2010. Tem formação em Filosofia, graduação e pós-graduação, na Universidade de São Paulo. Leciona e realiza orientações de mestrado e doutorado sobre filosofia francesa e filosofia política contemporâneas, bem como prática de ensino de filosofia. Tem um livro publicado sobre a filosofia nietzschiana e diversos artigos e capítulos de livros, em grande parte sobre e a partir da filosofia de Deleuze e Guattari, inclusive dois ensaios sobre o cinema de Glauber Rocha. Coautor do livro Deleuze hoje, pela Editora Unifesp. Foi um dos criadores, em 2011, do Grupo de Trabalho Deleuze e Guattari, vinculado à Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia, que tem sido um dos mais relevantes fóruns de debates e de fomento de novos estudos em torno dessa filosofia e de suas interconexões com as questões contemporâneas mais prementes.Líder do Grupo de pesquisa sobre a filosofia francesa: diferença, vida e criação (CNPq) e coordenador institucional do Grupo de Pesquisa sobre a Filosofia da Diferença (GPFD), vinculado à Unifesp. Autor de Deleuze: as diferenças intensivas e a potência do pensamento pelas editoras Unifesp e N-1 (2023).
Fonte: Lattes CNPq
Nomes em citações bibliográficas
FORNAZARI, Sandro K.;FORNAZARI, SANDRO KOBOL
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Formação
Doutorado em Filosofia
O esplendor do ser: a composição da filosofia da diferença em Gilles Deleuze (1952-68)
Filosofia Contemporânea
História da Filosofia
Orientação: Marilena de Souza Chauí
Universidade de São Paulo
Mestrado em Filosofia
Filosofia e autoria em Ecce Homo de Nietzsche: autobiotipografia
Filosofia Contemporânea
História da Filosofia
Orientação: Scarlett Zerbetto Marton
Universidade de São Paulo
1998 a 2000
Graduação em Filosofia - Licenciatura
Universidade de São Paulo
1994 a 1997
Graduação em Filosofia - Bacharelado
Universidade de São Paulo
1992 a 1997
Graduação em Cinema
Universidade Federal de Santa Catarina
2008 a 2009
Produção
2023
2021
2018
2017
2016
2015
2014
2013
2012
2011
2010
2009
2006
2005
2004
2003
2002
2001
2000
1999
1998
1996
Atuações
Universidade do Estado de Santa Catarina
-
Professor colaborador
2000 a 2002
Secretaria de Estado da Educação de São Paulo
-
PEB II, OFA
ACT
1994 a 1996
Prefeitura Municipal de Sao Bernardo do Campo
-
Agente de Biblioteca e Arquivo I
1996 a 1998
Universidade do Extremo Sul Catarinense
-
Professor aula ministrada
2001 a 2006
Faculdade CESUSC
-
Professor
2006 a 2008
Cadernos Nietzsche (1413-7755)
-
Membro de corpo editorial
1999 a 2006
Faculdade Estácio de Sá de Santa Catarina
-
Professor horista
2006 a 2008
Universidade de São Paulo
-
Pesquisador associado
2008 a 2012
Universidade Federal de São Paulo
-
Professor Adjunto
2010 a 2020
-
Professor Associado
Desde 2020
Revista Trágica: Estudos de Filosofia da Imanência
-
Membro de corpo editorial
Desde 2014
Ensino
Orientações e supervisões
Tese de doutorado em andamento
-
A DESTRUIÇÃO DOS AFETOS: UM ANTAGONISMO ENTRE FRIEDRICH NIETZSCHE E BENTO DE ESPINOSA
Filosofia
Universidade Federal de São Paulo
Desde 2024
-
Projeções teológicas da ?eleição? do Antigo Israel no imaginário político neoliberal contemporâneo: um estudo filosófico acerca das feições totalitário-religiosas do evangelicalismo de matriz norte-americana
Filosofia
Universidade Federal de São Paulo
Desde 2024
-
O que é ter uma ideia como ato de criação a partir do estudo entre a literatura e o cinema em Gilles Deleuze
Filosofia
Universidade Federal de São Paulo
Desde 2022
-
Pensar o real: Deleuze, correlacionismo e empirismo transcendental
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
Universidade Federal de São Paulo
Desde 2021
-
Yasmin de Oliveira Alves Teixeira
Mutações da guerra: para uma crítica diferencial da violência
Filosofia
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
Universidade Federal de São Paulo
Desde 2019
Dissertação de mestrado em andamento
-
FRANCISCO JOSÉ SANTAELLA GALVÃO
O LUGAR DO COMPLEXO DE ÉDIPO EM DELEUZE E GUATTARi
Filosofia
Universidade Federal de São Paulo
Desde 2024
-
Mark Thisted de Andrade e Silva
Entre a linha de fuga e a linha de destruição fascista em Deleuze e Guattari
Filosofia
Universidade Federal de São Paulo
Desde 2023
Tese de doutorado concluídas
-
Bernardo de Carvalho Tavares dos Santos
A METAFÍSICA DE JEAN WAHL: EMPIRISMO TRANSCENDENTAL, RADICAL E AFETIVO
Filosofia
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
Universidade Federal de São Paulo
Concluído em 2023
-
Corpo e imagem na filosofia de Jean-Luc Nancy
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
Universidade Federal de São Paulo
Concluído em 2023
-
Carlos Fernando Carrer da Cunha
DO FIM DO SER HUMANO AO HUMANISMO YANOMAMI
Filosofia
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
Universidade Federal de São Paulo
Concluído em 2022
-
Adriano Henrique de Souza Ferraz
Para uma estética do desaparecimento em Maurice Blanchot: a diferença interna da morte, a forma vazia do tempo e como Gilles Deleuze empregou estes conceitos
Filosofia
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
Universidade Federal de São Paulo
Concluído em 2018
Dissertação de mestrado concluídas
-
DELEUZE, JARRY E A ?PATAFÍSICA
Filosofia
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
Universidade Federal de São Paulo
Concluído em 2023
-
Deleuze e a filosofia de Maïmon
Filosofia
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
Universidade Federal de São Paulo
Concluído em 2020
-
Entrecruzamentos do filosófico com o literário: Devir pelas veredas do Grande Sertão
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
Universidade Federal de São Paulo
Concluído em 2019
-
Para a crítica da servidão involuntária em O anti-Édipo de Deleuze e Guattari
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
Universidade Federal de São Paulo
Concluído em 2019
-
Yasmin de Oliveira Alves Teixeira
O problema do fundamento e a aurora da diferença na filosofia de Gilles Deleuze
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
Universidade Federal de São Paulo
Concluído em 2018
-
O cinematógrafo e o fora: conexões entre Robert Bresson e Gilles Deleuze
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
Universidade Federal de São Paulo
Concluído em 2017
-
A questão da graça e da livre escolha em Ma nuit chez Maud de Éric Rohmer
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Universidade Federal de São Paulo
Concluído em 2016
-
Carlos Fernando Carrer da Cunha
Conexões entre Gilles Deleuze, a etnologia e as sociedades quilombolas do Vale do Ribeira
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
Universidade Federal de São Paulo
Concluído em 2016
-
A desterritorialização em Os passos perdidos de Alejo Carpentier
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
Universidade Federal de São Paulo
Concluído em 2015
-
Núpcias na estrada: um agenciamento entre Gilles Deleuze e Jack Kerouac
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Universidade Federal de São Paulo
Concluído em 2015
-
Adriano Henrique de Souza Ferraz
A crítica das representações e a sintaxe de Foucault: subjetividade e literatura em As palavras e as coisas
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
Universidade Federal de São Paulo
Concluído em 2014
Gestão
Universidade Federal de São Paulo
-
Coordenador de Graduação (Licenciatura)
Campus Guarulhos
Departamento de Filosofia
-
Coordenador de Curso - Licenciatura
Campus Guarulhos
Departamento de Filosofia
-
Vice-Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Departamento de Filosofia
Pesquisa
Universidade do Extremo Sul Catarinense
Universidade de São Paulo
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Pós-doutorado: O empirismo transcendental como descoberta das multiplicidades e atividade criadora do pensamento na filosofia de Gilles Deleuze
A pesquisa pretende investigar inicialmente em que medida a crítica de Gilles Deleuze à doutrina das faculdades de Immanuel Kant é importante para a construção do conceito de empirismo transcendental e para a nova imagem do pensamento que ele vislumbra. Tal crítica se insere numa crítica mais ampla ao modelo da recognição e, em última instância, à tradição da filosofia da representação. Nessa nova imagem do pensamento, apontada por Deleuze, a diferença deve poder ser pensada em si mesma, fora das amarras impostas pelo primado da identidade, e de modo que o pensamento seja a expressão da potência afirmativa da vida. Liberado da soberania do idêntico na representação, o próprio homem passa a ocupar esse ?lugar vazio? em que lhe seria possível novamente pensar, visto que o pensamento é conduzido por forças involuntárias, singularidades pré-subjetivas ou ?máquinas desejantes?, ou seja, pelas diferenças intensivas do ser unívoco, que possuem o estatuto de princípio transcendental a partir do qual se geram as múltiplas faces da experiência. Physis e noûs são o resultado do processo mais profundo de afirmação da diferença a partir dos arranjos intensivos de potência no domínio do transcendental. O ser unívoco pode ser entendido, então, tanto como uma usina criadora de formas e matérias, quanto como produtora de sentido e de pensamento. A partir disso, investigar-se-á em que medida é o tempo histórico o devir das multiplicidades, em que o que importa observar é a origem intensiva das forças que são postas em jogo num dado acontecimento, em outras palavras, segundo a interpretação deleuziana de Nietzsche, jamais se pode encontrar o sentido de uma coisa (fenômeno humano ou da natureza) se não se sabe qual é a força que dela se apropria, a explora, a domina ou nela se exprime.
2008 a 2010
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Projeto Temático Ruptura e Continuidade: Investigações sobre a relação entre natureza e história a partir de sua formulação pelo Grande Racionalismo Seiscentista
O projeto se volta para a elaboração das relações entre Natureza e História na Filosofia do Século XVII buscando não somente as concepções seiscentistas, mas também o legado sobre o qual se apóiam, bem como as críticas e retomadas das formulações dos Seiscentos na filosofia posterior, particularmente na Ilustração Francesa, no Idealismo Alemão e em alguns filósofos contemporâneos, como Nietzsche, Merleau-Ponty, Deleuze e Foucault. O ponto de partida serão as formulações renascentistas dos florentinos e dos juristas franceses, sua presença e modificações nas obras de Bacon, Espinosa, Pascal e Leibniz. O primeiro contraponto, em que a ruptura se apresenta superior à continuidade, será feito com a obra de Vico, que anuncia os trabalhos da Ilustração Francesa. Da Renascença à Ilustração, as relações entre Natureza e História não são tensas: não só a História está inserida na Natureza, como esta, pensada como artefato e artesã, está embebida na História; além disso, a idéia de natureza humana fornece a mediação necessária entre ambas. Tudo muda e a ruptura se torna patente com as obras do Idealismo Alemão, isto é, com a distinção entre Natureza e Cultura, ainda que o Romantismo pretenda retomar sua inseparabilidade, graças a uma nova Filosofia da Natureza. Tomando como referência a análise do Grande Racionalismo, por Merleau-Ponty, suas críticas ao ?fracasso das filosofias dialéticas? e sua hipótese da possibilidade de fundar na Natureza uma nova concepção da História, algumas das pesquisas examinarão o papel dos conceitos de devir e acontecimento nas filosofias de Nietzsche e Deleuze, a ênfase na idéia de descontinuidade temporal, nas primeiras obras de Foucault, e o ressurgimento da determinação natural do histórico em suas últimas obras, dedicadas ao conceito de biopoder.
Autores: Sandro Kobol Fornazari
2008 a 2012
Universidade Federal de São Paulo
-
O ensino de Filosofia no Ensino Médio: desafios contemporâneos
No âmbito do Curso de Licenciatura em Filosofia, este projeto visa promover uma série de ações (palestras, cursos, debates e publicações) no sentido de fomentar o debate e a produção de estudos e práticas em torno do ensino de Filosofia no Ensino Médio. Deve levar em conta inclusive a implementação da Base Nacional Comum Curricular do Ensino Médio. Visa envolver docentes que ministram aulas de Filosofia no Ensino Médio, professores e discentes da licenciatura e pós-graduandos que trabalham com temas afins, com objetivo de ampliar o escopo temático e aprimorar as práticas de ensino nas aulas de Filosofia no Ensino Médio, permitindo um debate qualificado de temas contemporâneos, inclusive de maneira a cumprir as leis 10.639/03 e 11.645/08, que tornam obrigatórios os estudos de História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena.
Autores: Sandro Kobol Fornazari, Fernando Dias Andrade, Marilena de Souza Chauí, Luís César Guimarães Oliva, Alberto Ribeiro G. de Barros, Maria das Graças de Souza
Desde 2022
-
A axiomática capitalista e as formas do Estado: enfrentamento e superação na filosofia política de Deleuze e Guattari
Este projeto, pensado para um desenvolvimento de longo prazo e com a capacidade de acolher, apoiar e se articular com outros projetos de orientação ou de pesquisadores parceiros e interlocutores em âmbito nacional e internacional, busca explorar alguns conceitos-chave da filosofia política de Gilles Deleuze e Félix Guattari além de avaliar o seu grau de ressonância, convergência e divergência em relação a algumas tendências dos pensamentos políticos atuais. Dentro deste campo de estudos que abrange todas as áreas das ciências humanas se desenvolvem algumas questões filosóficas pertinentes tanto à antropologia quanto à ciência política. Elas concernem sobretudo à elaboração de um conceito bastante inovador de Estado abstrato originário ou Estado Imperial Arcaico, que é a base do conceito de aparelho de captura, o qual se manifesta em diferentes graus em todas as formas-Estado empíricas. Além desses, ressalta-se a relevância do conceito de máquina de guerra, inspirado nas formações sociais nômades e territoriais primitivas, para a potencialização da produção de uma luta política contemporânea, inclusive numa dimensão microfísica. É de extrema relevância para Deleuze e Guattari pensar a micropolítica, pois ela revela e combate não apenas o modo pelo qual o capitalismo produz as suas subjetividades, mas como o próprio fascismo é capaz de ser erigido pela mobilização do desejo como forma de servidão. Objetivo central de seu pensamento político, o combate ao fascismo exige destruir os fascismos imperceptíveis de nossa vida cotidiana por meio de uma descolonização dos fluxos de desejo. A máquina de guerra é um conceito que ajuda a pensar os modos livres de ação e as formas de enfrentamento à captura e à colonização. Estas ferramentas conceituais são determinantes para a construção de uma filosofia política que busque satisfazer as exigências contemporâneas de transformação nos modos de subjetivação e produção de identidades como o capitalismo patriarcal e etnocêntrico produziu até hoje. Diante da catástrofe climática que avança de mãos dadas com a axiomática, o direito ao futuro dos humanos na Terra passa pela superação do capitalismo a partir de máquinas desejantes capazes de se libertar de uma produção social autodestrutiva e dos impulsos suicidários que a acompanham.
Autores: Sandro Kobol Fornazari
Desde 2020
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Grupo de Pesquisa sobre a Filosofia da Diferença
O grupo de estudos se propõe à leitura e discussão de obras seminais da filosofia francesa contemporânea, com ênfase para o momento de ruptura com a fenomenologia e com o estruturalismo (décadas de 60 e 70 do século XX), em que se configurou o que se pode chamar, grosso modo, de filosofia da diferença. O grupo se insere numa linha de pesquisa do Grupo de pesquisa sobre a filosofia francesa: diferença, vida e criação, certificado junto ao CNPq desde 2012, tendo como líderes os professores Rita de Cássia Souza Paiva e Sandro Kobol Fornazari.
Autores: Sandro Kobol Fornazari, Carlos Carrer da Cunha, Matheus Barbosa Rodrigues, Petterson Brey, Francisco J. S. Galvão, Mark Thisted de Andrade e Silva
Desde 2011
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A ontologia da imagem e a lógica da sensação
O regime de imagens que Gilles Deleuze torna operatório para pensar o cinema é diretamente tributário de Matéria e memória, de Henri Bergson. Ali, a própria matéria é definida como movimento que existe em si e como imagem tal como é percebida: a matéria é a identidade da imagem e do movimento para um mundo da universal variação, onde todas as imagens se propagam sem resistência e sem perda, sem um olho ou um cérebro que as produza, até que elas possam ser refletidas por um tipo especial de imagem capaz de aparar ou refletir a luz: as matérias vivas ou consciências. Estas se definem por sua capacidade de promover um intervalo entre a ação e a reação, que tornará possível discernir uma percepção, uma afecção e uma ação, dentro de um esquema sensório-motor. Esse esquema, no entanto, pode-se quebrar quando as percepções não se encadeiam mais com as ações. Nesse caso, afloram as situações ótico-sonoras puras, nas quais se trata de indagar o que a imagem mostra, de apreender a força do tempo na imagem. Vê-se, desse modo, na articulação entre essas duas filosofias, como uma ontologia da imagem dá ensejo para redefinir a percepção e a consciência, em sua relação com as manifestações artísticas. Pretende-se ainda explorar em que medida se relaciona com isso, no contexto do livro sobre as pinturas de Francis Bacon, o conceito deleuziano de figura como forma dirigida à sensação, que age diretamente no espectador do quadro, que faz daquele que sente parte do quadro.
Autores: Sandro Kobol Fornazari, Adriano Henrique de Souza Ferraz, Rita de Cassia Souza Paiva, Carlos Carrer da Cunha, Yasmin Teixeira, Bernardo de Carvalho Tavares dos Santos, Matheus Barbosa Rodrigues, Thiago Rodrigues, Amanda Romão
2019 a 2020
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A filosofia da diferença e o ensino de filosofia
Este projeto de pesquisa foi desenvolvido para ser conduzido e realizado concomitantemente às atividades de ensino, de orientação e do grupo de estudos a que a pesquisa se vincula. A sua temática principal consiste em discutir conceitualmente o aprendizado em filosofia, além de analisar aspectos da filosofia da diferença na perspectiva do ensino de filosofia.
Autores: Sandro Kobol Fornazari, Bernardo de Carvalho Tavares dos Santos, Amanda Romão, Deborah Spiga
2017 a 2018
-
Cinemas de esquerda
O projeto foi desenvolvido a partir da exibição e debate de obras audiovisuais, com ênfase para o cinema, com a presença de um palestrante e com debate aberto para o público. O projeto conjugava a busca pela formação de um público para os audiovisuais que fogem dos padrões vigentes na indústria do cinema e da televisão e o fomento de um debate múltiplo e plural desde obras produzidas em consonância com propostas de resistência política e de afirmação de práticas de liberdade. Assim, visava-se produzir um encontro imediato entre pessoas ligadas a essa proposta (realizadores, artistas, críticos, professores), o público interessado (incluindo os próprios realizadores do projeto) e as obras audiovisuais destacadas. Buscava-se com isso atualizar a potência criativa presente na confecção da obra, colocando-a em sintonia com outros devires, fortalecendo o debate político, bem como o pensamento e a pesquisa entendidos como atos de criação. Ao todo, foram 10 edições: 1. Alphaville, de J.-L. Godard, no dia 13 de agosto de 2016, com palestra de Maurício Salles Vasconcelos. 2. 48, de Susana de Sousa Dias, no dia 24 de setembro de 2016, com palestra de Carolin Overhoff Ferreira. 3. Jovens infelizes, de Thiago B. Mendonça, no dia 29 de outubro de 2016, com debate com Thiago B. Mendonça. 4. Febre do rato, de Cláudio Assis, no dia 26 de novembro de 2016, com palestra de Samuel Paiva. 5. Depois da chuva, de Cláudio Marques e Marília Hughes, no dia 25 de março de 2017, com palestra de Arthur Autran. 6. O bandido da luz vermelha, de Rogério Sganzerla, no dia 29 de abril de 2017, com palestra de Tales Ab?Saber. 7. Stalker, de Andrei Tarkovski, no dia 17 de junho de 2017, com palestra de Marcelo Ariel. 8. A guerra acabou, de Alain Resnais, no dia 19 de agosto de 2017, com palestra de Mauro Rovai. 9. Os homens que eu tive, de Tereza Trautman, no dia 28 de outubro de 2017. 10. Intervenção, de Rubens Rewald e Tales Ab?Saber, no dia 25 de novembro de 2017, com debate com Tales Ab?Saber.
Autores: Sandro Kobol Fornazari, Alessandro C. Sales, Carolin Overhoff Ferreira, Ciro Martins Lubliner
2017 a 2018
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Máquina de guerra e pensamento nômade em G. Deleuze e F. Guattari
Este projeto de pesquisa, pensado no longo prazo, foi desenvolvido para ser conduzido e realizado concomitantemente às atividades de ensino, de orientação e do grupo de estudos a que a pesquisa se vincula. A sua temática principal consiste em analisar o conceito de pensamento nômade, tomando como eixo principal a argumentação desenvolvida por Gilles Deleuze e Fèlix Guattari em Mil platôs. Esse conceito pressupõe uma crítica radical do que os autores chamam de ?imagem dogmática do pensamento?. Essa imagem ainda se insinua dos modos de institucionalização da filosofia, de acordo com o que se denomina forma-Estado, constitutiva do pensamento como interioridade, suficientemente impotente para romper com os valores e os saberes estabelecidos. Contra essa imagem, Deleuze e Guattari propõem, emprestando um termo de Michel Foucault, quando este analisa a obra de Maurice Blanchot, o pensamento do fora. Ainda, trata-se de abordar o próprio estilo da filosofia deleuze-guattariana como inseparável dessa nova exigência que fazem ao pensamento, pois eles se empenham em multiplicar perspectivas de análise, operando com exemplos e descrições, que permitem o aprofundamento conceitual que deve muito mais a essa sobreposição ou justaposição do que propriamente a definições. Será abordado também o recurso de Deleuze e Guattari às artes (sobretudo a pintura, o cinema e a literatura), dando mostras claras desse esforço de exploração de experiências pouco convencionais do pensamento (pensar por meio do ritmo, das cores, das imagens-movimento e imagens-tempo, etc).
2014 a 2017
-
Gilles Deleuze e a literalidade: o cinema de Glauber Rocha
Tomando como referência conceitual a filosofia de Gilles Deleuze, inclusive em sua parceria com Félix Guattari, com ênfase em seus dois livros sobre cinema, em diversos escritos dedicados às mais variadas artes, bem como na própria definição de arte presente em O que é a filosofia?, este projeto propõe delinear um método de análise fílmica denominado ?leitura literal?, tomando como objeto de análise dois dos principais filmes de Glauber Rocha, a saber, Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964) e O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (1967). A literalidade se contrapõe às leituras de cunho metafórico, que se obstinam em tentar ?decifrar? os filmes ou partes dos filmes, remetendo as imagens a significados exteriores a elas, o que implica reduzir a obra a um meio de expressão. Uma leitura literal implica, diferentemente, em tratar a obra como expressão acabada e, no entanto, como abertura para uma experiência de produção de sentidos. Com isso, este projeto se distancia de toda análise de cunho sociológico, historiográfico ou psicologizante do Cinema Novo ou das obras de Glauber Rocha. Contrariamente, intenta-se partir de uma leitura imanente dos filmes de Glauber Rocha, distanciada dos elementos externos à obra, e encontrando nas suas composições de imagem-som-movimento-tempo a positividade de uma experiência estética. Isso não implica esvaziar a obra de seu conteúdo político, mas sim experimentá-la como obra de arte e, portanto, em sua singularidade, isto é, nos múltiplos modos em que ela afeta a sensibilidade, a memória e o pensamento dos seus espectadores, constituindo, a partir dessas afecções, novos sentidos e novas formas de apreendê-la politicamente, para além de seus dados contextuais imediatos.
Autores: Sandro Kobol Fornazari, Adriano Henrique de Souza Ferraz, Carlos Carrer da Cunha, Daniela C. Gonçalves, Filipe da Costa Camargo, Renata Siramizu Garcia, Yasmin Teixeira
2011 a 2014
Atualização Lattes em 2024-05
Processado em 2024-07-22