Recursos em tempo de crise

Juliano Quintella Dantas Rodrigues é doutor em Ciências pela EPM/Unifesp, foi presidente da APG/Unifesp (2010-2012) e diretor da ANPG (2012-2014)

Julio Alves da Silva Neto é mestre em Ciências pela EPM/Unifesp, foi diretor da APG/Unifesp (2011-2012) e da ANPG (2010-2012).

Mapa mundial

Em momentos de crise, impõe-se a necessidade de se refletir sobre as alternativas para o desenvolvimento de pesquisas. No Brasil, a produção acadêmica e científica no âmbito da pós-graduação enfrenta, entre outros fatores, a redução de investimentos e cortes orçamentários nas pastas da educação, ciência e tecnologia e inovação tecnológica. Como sobreviver a essa difícil realidade? Qual caminho podemos perseguir ou construir? Sem o programa Ciência sem Fronteiras, como poderemos internacionalizar?

Aqui colocaremos algumas sugestões para colocar à prova nossa resiliência e fazer nossa pesquisa sobreviver diante da carência de recursos. A sugestão permeia os diversos programas de internacionalização existentes pelo mundo. Vamos começar.

O Human Frontier, o Fulbright e a Pew são provenientes de agências sediadas nos Estados Unidos, nas quais sempre há editais abertos para todas as categorias de pesquisa (da iniciação cientifica ao pós-doutorado). A EducationUSA é a fonte oficial sobre estudo e afiliada ao Departamento de Estado dos Estados Unidos. Na Feira EducationUSA se tem contato direto com representantes que vão ajudar o interessado a se informar sobre os mais diversos tipos de programas de estudo no país: cursos intensivos de inglês, cursos de curta duração, graduação, pós-graduação profissional, mestrado e doutorado.

O objetivo das agências é financiar projetos de pesquisa e facilitar sua vinculação a algum orientador/supervisor em universidades. No âmbito das Américas, o Canadá também tem a experiência de lançar editais para oferecer bolsas de estudo.

Existem diversos programas nos países da Europa, como a Alemanha, que tem a agência DAAD, com escritório no Brasil, Inglaterra, Suécia, Suíça, Espanha, Itália, entre outros. Para encontrar as agências relacionadas com cada país da Europa, sugerimos o site Passaporte Mundo.

As regras são, basicamente, como as americanas: escrever um projeto e ter um aceite de um orientador.

Programas nacionais gerenciados pela iniciativa privada como a Fórmula Santander, a fundação Estudar e a Bayer também divulgam auxílio à pesquisa no exterior. O rito é a inscrição após lançamento de editais disponíveis para todas as categorias de pesquisador. Em algumas capitais, como São Paulo e Brasília, há feiras para promover o estudo no exterior. Elas promovem uma série de palestras sobre diversos temas, como morar, estudar e trabalhar no exterior.