Apresentação

Tradicionalmente reconhecida como instituição especializada nas ciências da saúde, a Unifesp é responsável pela formação de recursos humanos qualificados e pelo desenvolvimento da pesquisa científica em Ciências Biológicas, Exatas e da Terra, da Saúde, Humanas, Sociais, Sociais Aplicadas, Engenharias e Linguística, Letras e Artes.

Seu núcleo de origem é a Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp), instalada no Campus São Paulo, cuja fundação remonta a 1933 e que se sustentou por meio de recursos privados e subsídios governamentais até a federalização em 1956. Com a promulgação da lei n.º 8.957, em 1994, a EPM transformou-se em universidade federal, mantendo os cursos ministrados nas áreas de Medicina, Enfermagem, Ciências Biológicas (modalidade médica), Fonoaudiologia e Tecnologia Oftálmica – que hoje integra as Tecnologias em Saúde.

O vigoroso crescimento experimentado pela instituição ao longo de décadas refletiu-se tanto na ocupação de mais de uma centena de imóveis no entorno de sua sede, na Vila Clementino (SP), nos quais foram instalados centros de ensino, institutos de pesquisa e ambulatórios, quanto na construção de prédios próprios como os Edifícios de Pesquisa I e II, o Instituto Nacional de Farmacologia e o Hemocentro Regional.

Conduzida por docentes altamente capacitados, a pesquisa em saúde na Unifesp vincula-se à prática profissional, que abrange desde a assistência primária até a utilização de tecnologia de ponta em métodos diagnósticos e no tratamento de doenças. O Hospital São Paulo – reconhecido como o maior hospital universitário do país e referência em procedimentos de alta complexidade – provê aos(às) estudantes de graduação e pós-graduação o exercício da prática clínica e, simultaneamente, presta à população menos favorecida serviços assistenciais custeados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A partir de 2005, com o apoio das prefeituras locais e os recursos provenientes do programa de expansão do governo federal, a Unifesp implantou novas unidades em municípios próximos a São Paulo. Os novos campi – denominados Baixada Santista, Diadema, Guarulhos, São José dos Campos e Osasco – assumiram a responsabilidade pela inclusão das demais áreas do conhecimento na Unifesp.

No Campus São Paulo estão localizadas a Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp) e a Escola Paulista de Enfermagem (EPE/Unifesp), que representam o núcleo histórico da instituição; no Campus Baixada Santista estão o Instituto de Saúde e Sociedade (ISS/Unifesp) e o Instituto do Mar (Imar/Unifesp); no Campus Diadema está o Instituto de Ciências Ambientais, Químicas e Farmacêuticas (ICAQF/Unifesp); no Campus Guarulhos está a Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH/Unifesp); no Campus São José dos Campos está o Instituto de Ciência e Tecnologia (ICT/Unifesp); no Campus Osasco está a Escola Paulista de Política, Economia e Negócios (Eppen/Unifesp); e no Campus Zona Leste, em fase de implantação, está o Instituto das Cidades (IC/Unifesp).

No processo de consolidação como universidade plena, a Unifesp ampliou seu quadro docente mediante a admissão de profissionais com titulação mínima de doutorado e passou a oferecer novos cursos de graduação, que se fundamentam em modernos projetos pedagógicos e permitem maior flexibilidade curricular. Para 48 do total de 55 cursos atualmente disponíveis, a forma de ingresso está vinculada ao Sistema de Seleção Unificada (SiSU), que estabelece como critério de aprovação a nota obtida pelo candidato no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Essa medida, que visa a democratizar o acesso ao ensino superior, é complementada pela reserva de 25% (em 2014) das vagas aos candidatos oriundos de escolas públicas e, ainda, pela concessão do auxílio-permanência aos(às) estudantes com maior vulnerabilidade econômica. No plano da internacionalização, a Unifesp – como signatária de importantes convênios de cooperação internacional – promove o intercâmbio de estudantes e docentes e participa de redes colaborativas de pesquisa.

Os programas de pós-graduação stricto sensu – criados a partir de 1970 – formam docentes e pesquisadores(as) com elevado nível de competência técnico-científica, atribuindo-se à Unifesp os maiores índices de produtividade científica por docente, em âmbito nacional.

Entre os inúmeros programas de capacitação de recursos humanos desenvolvidos pela instituição, os cursos de especialização lato sensu – presenciais e a distância – possibilitam a formação continuada de centenas de profissionais nas respectivas especialidades. Os programas e projetos sociais – entre os quais o Projeto Xingu, a Universidade Aberta à Terceira Idade e o Observatório de Políticas Públicas – permitem a interação entre o conhecimento acadêmico e a sociedade, constituindo um importante instrumento de transformação social.

A Reitoria (2021-2025) tem como eixos norteadores gestão compartilhada, efetividade e transparência, alinhados com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e o Plano Pedagógico Institucional (PPI), redigidos para execução no mesmo período, e que apresentam a seguinte missão institucional:

“Formar profissionais e cidadãos conscientes, críticos e tecnicamente habilitados, nas mais diversas áreas, preparados para transformar a realidade e desenvolver o país, na construção de uma sociedade mais justa, democrática, plural e sustentável, por meio de ensino, pesquisa, extensão, gestão, cultura, assistência, inovação tecnológica, social e em políticas públicas atuando como universidade pública, gratuita, laica e socialmente referenciada.”


Os documentos ainda determinam a visão do que a universidade pretende ser até o final do período:

“A Unifesp pretende ser cada vez mais reconhecida pela Sociedade como uma Universidade Pública:
• Democrática: plural, inclusiva e solidária.
• Autônoma: crítica, ousada, independente, com autonomia intelectual e científica.
• Transformadora: questionadora, criativa, cooperativa e indutora do desenvolvimento com justiça social e ambiental.
• Comunicativa: produtora e difusora do conhecimento socialmente referenciado, na defesa da vida e da educação pública, combatendo as desigualdades e os racismos estrutural e institucional.”


Para que a instituição tenha a relevância que o PDI e o PPI constituem, os planos estabelecem como seus valores os seguintes:

“1. Ética, integridade e respeito à coisa pública.
2. Defesa da vida, da educação pública e da dignidade humana.
3. Autonomia universitária, políticas e gestão participativas.
4. Compromisso público e social com a redução das desigualdades.
5. Democracia, transparência e equidade.
6. Liberdade de pensamento e de expressão.
7. Cooperação, solidariedade e empatia.
8. Qualidade e relevância no ensino, pesquisa, extensão e gestão.
9. Unidade na diversidade, com pluralismo científico e formação crítica.
10. Sustentabilidade e responsabilidade socioambiental.”