Por Daniel Patini
Foi instalada na manhã de terça-feira (19/4), em ato realizado na Assembleia Legislativa de São Paulo, a Frente Parlamentar em Defesa das Universidades Públicas no Estado de São Paulo, com a presença dos reitores e vice-reitores de instituições públicas federais e estaduais de ensino superior, representantes de sindicatos, entre outras autoridades. A frente terá três anos de duração e funcionará como um canal de articulação das pautas dos movimentos da área da educação.
Além da reitora da Unifesp, Soraya Smaili, e do coordenador e do vice-coordenador da frente, respectivamente, os deputados estaduais Carlos Neder e Carlos Giannazi, compuseram a mesa do evento Marco Antonio Zago, reitor da USP, Julio Cezar Durigan, reitor da Unesp, Klaus Capelle, reitor da UFABC, Adilson Jesus Aparecido de Oliveira, vice-reitor da UFSCar, e Álvaro Crósta, o vice-reitor/coordenador-geral da Unicamp.
Com o principal objetivo de articular a defesa e a valorização dessas universidades, a iniciativa suprapartidária pretende promover um espaço para debates sobre a realidade dessas instituições, sobre o trabalho por elas desenvolvido, bem como sobre seus desafios e necessidades para que se fortaleçam e continuem cumprindo sua missão. A frente pretende também sugerir medidas que propiciem avanços na gestão democrática e realizar estudos sobre a situação dos hospitais universitários a elas vinculados.
Dentre alguns dos problemas enfrentados atualmente pelas universidades e que serão discutidos pela frente, estão: o insuficiente financiamento, a limitação da autonomia universitária, a deficiente adoção de mecanismos de inclusão racial e social, o uso crescente de modalidades de gestão privada, o desrespeito aos planos de carreira, cargos e salários, e o baixo investimento no aprimoramento da gestão pública.
Na ocasião, a reitora falou sobre a importância de iniciativas como essa em prol das universidades públicas em nosso estado, ainda mais nas atuais condições da conjuntura nacional. "Precisamos atuar fortemente em defesa de nossas instituições e dos nossos direitos, que foram tão duramente conquistados em nosso país. Não podemos permitir nenhum retrocesso nas áreas da educação e da saúde", disse. "Temos muitos desafios pela frente, mas certamente encontraremos muitas soluções também", finalizou.