Quarta, 30 Março 2016 10:35

Especial "Eu, Mulher na Unifesp": Luciana Ferreira da Silva

Durante o mês de março, a Unifesp homenageia algumas das mulheres que fizeram e continuam fazendo história na universidade

Por Mariane Santos

“Meu sonho era ser professora em uma universidade federal”

Luciana Ferreira da Silva é docente do Bacharelado de Ciência e Tecnologia (BCT)  do Instituto de Ciência e Tecnologia da Universidade Federal de São Paulo (ICT/Unifesp), Campus São José dos Campos, desde 2011. É também coordenadora do Programa de Extensão do Núcleo Educacional de Tecnologia Social e Economia Solidária (NETES) e de programas e projetos sociais da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PROEC).

Quem sou eu
A minha história dentro da Unifesp começou um pouco antes. É uma relação muito forte que eu tive com a minha mãe, uma senhora que foi obrigada a sair da escola no terceiro ano primário e nos deixou o legado de que a maior herança que ela poderia ter seria o estudo. Então, com o esforço que foi feito em família, eu fui me apaixonando e, desde o princípio, tinha ideia de que meu sonho era ser professora em uma universidade federal. Foi por isso que eu vim para Unifesp, na busca da realização de um sonho, de um projeto de vida que está relacionado com a minha mãe e a minha trajetória de vida.

O meu trabalho no ICT
Eu entrei em 2011 na Unifesp. Por quase três anos fui a única professora da área de humanas dentro do ICT. Todos os ingressantes passavam pela sala de aula nas disciplinas que eu oferecia. Foi um trabalho que redefiniu minha pedagogia. Ao mesmo tempo, eu pude entrar em contato com uma diversidade maior de alunos, o que proporciona encontros muito importantes como introduzir temáticas ligadas a interdisciplinaridade.

Representação feminina por uma reitora
A eleição de uma mulher fez toda a diferença. Pouquíssimas universidades no Brasil chegam a esse patamar. A Unifesp teve um ganho simbólico e cognitivo além das dimensões políticas, mas também cultural.

O lugar que a Unifesp ocupa na minha vida
Além da realização de um sonho, é o meu local de trabalho. A Unifesp é o que eu sou, toma toda a minha energia e nela eu pretendo concretizar os encontros necessários para uma educação diferenciada, promovendo a abertura de caminhos para os estudantes. Essa relação com eles é muito forte na minha profissão, que é de ser uma ponte que orienta e pode ajudá-los a abrir caminhos na realização profissional.

Ser professora no ICT
É uma conquista das docentes que estão lá, que dividem trabalho, afazeres e preocupações ligadas ao ser mulher na sociedade contemporânea. No começo eu achei mais difícil ser mulher nesse local, mas, ao mesmo tempo, eu aprendi que era simplesmente ser eu, deixar as coisas acontecerem e me colocar da maneira adequada. Mesmo em ambientes que aparentemente podem ser inóspitos, conseguimos alcançar os nossos espaços com luta, coesão e também com compreensão.

 

 

Lido 10207 vezes Última modificação em Terça, 03 Julho 2018 10:00

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