Mesa de debate "Conjuntura nacional: política econômica e social, e efeitos sobre a educação superior"
Com o objetivo de criar um espaço para debate e propostas de estratégias para o fortalecimento do ensino superior público brasileiro, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) abriu, na sexta-feira (10/4), o Fórum em Defesa da Educação Superior Pública.
Ao longo do dia, a reitora da Unifesp, Soraya Smaili, e representantes da área educacional e a sociedade discutiram e se mobilizaram em prol da educação pública, propondo estratégias conjuntas para garantir a educação superior gratuita de qualidade, com seu devido investimento. A expectativa é que a aprovação do decreto orçamentário seja feita sem os cortes previstos para a área.
A reitora ressaltou ainda a importância das instituições de ensino para essa discussão. “Estamos aqui para mostrar que as universidades não devem somente executar as políticas, como também formulá-las e discutir soluções”. As universidades públicas, entre elas as federais, são as principais responsáveis pela produção de conhecimento no Brasil, oferecendo educação gratuita, com a integração do ensino, pesquisa e extensão.
Dessa forma, a Unifesp sugere uma reflexão sobre os rumos assumidos até agora pelas políticas e estratégias adotadas pelo Ministério da Educação (MEC), bem como avaliar as perspectivas possíveis diante ao quadro de atual crise de financiamento.
Manifesto
Durante o evento foi apresentado o manifesto em defesa da Educação Pública, que reivindica ao governo federal a liberação urgentemente e sem cortes do orçamento do MEC de 2015; a aceleração da aplicação dos 10% do PIB na educação; a definição de uma política de estado sobre consolidação e expansão do ensino público superior; o aumento das verbas para ciência e tecnologia; e aprovação no Congresso Nacional de uma proposta de criação de novas vagas para professores e técnicos administrativos em educação.
“É fundamental que tenhamos uma política econômica que permita os diretos da educação. Esse é o início de um movimento com o qual acreditamos conquistar a adesão por parte de reitores, entidades, organizações e a sociedade. Temos esperança que o novo ministro da Educação e a presidente Dilma tenham a sensibilidade da educação como direito e estamos aqui para ajudar e apresentar as nossas capacidades para a pátria educadora”, espera Soraya Smaili.
Clique aqui para acessar o manifesto
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