Por José Luiz Guerra
Pró-reitor de Planejamento da Unifesp, Esper Cavalheiro, falando sobre os trabalhos de reconstrução do Projeto Político Institucional
A Unifesp promoveu no último dia 6 de outubro o Seminário PPI para uma Universidade do Século XXI. O encontro reuniu docentes, alunos e servidores técnico administrativos em educação, que tiveram a oportunidade de discutir o Projeto Pedagógico Institucional (PPI) da universidade, disposto no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) relativo ao quinquênio 2016-2020.
Na abertura do evento, a reitora da Unifesp, Soraya Smaili, falou a respeito da necessidade de revisão do plano anterior, que vigorou entre 2011 e 2015, antes de iniciar os trabalhos de elaboração do atual. “Quando o documento foi elaborado, passávamos por um momento de amplo crescimento da universidade e aquele PDI tinha metas que não conseguiríamos atingir”. Sobre o PDI atual, Soraya explicou que a sua construção ocorreu de forma coletiva, com a participação dos conselhos e congregações e, posteriormente, ficou aberto para consulta pública durante três meses, período no qual toda a comunidade acadêmica pode dar suas sugestões. A reitora ainda reforçou a importância de que o PPI esteja alinhado ao PDI e lembrou que os atuais projetos pedagógicos vigentes contribuíram para que a Unifesp figurasse entre as melhores universidades do país e para que a maioria dos cursos de graduação recebessem nota máxima na avaliação do Ministério da Educação. Por fim, lembrou que a temática da discussão do seminário PPI – Universidade do Século XXI – também foi debatida no II Congresso Acadêmico, realizado em junho.
O pró-reitor de Planejamento, Esper Cavalheiro, classificou o caráter de construção coletiva do PDI 2016-2020 como um aprendizado. Para ele, a Unifesp possui o desafio de unir a tradição das Escolas Paulista de Medicina (EPM) e Enfermagem (EPE) com as novas áreas do conhecimento, diferentes da saúde, e que já se destacam no cenário nacional. “Temos que refletir o que essa juventude, que emergiu nos últimos 10, anos tem a nos dizer. Se estamos bem classificados em indicadores educacionais, tivemos a colaboração deles”. Cavalheiro frisou que, por ser uma universidade pública, a Unifesp deve devolver à sociedade o que ela paga. “Temos o desafio de ser uma universidade pública e socialmente relevante”, diz ele. O pró-reitor também destacou a necessidade da formação multidisciplinar do aluno.
O seminário também contou apresentações da professora sênior do Departamento de Teorias e Práticas Pedagógicas do Centro de Educação e Ciências Humanas da UFSCar, Emília Freitas de Lima, que falou sobre a Formação de Formadores para a Universidade do Século XXI, das pró-reitoras de Graduação, Maria Angélica Pedra Minhoto e de Assuntos Estudantis, Andrea Rabinovici, que apresentaram a Análise do Perfil de Estudantes Ingressantes na Unifesp (2015), da docente do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP, Gladys Beatriz Barreyro, que abordou a Avaliação na Universidade do Século XXI e do pró-reitor adjunto de Planejamento, Pedro Arantes, que falou sobre o projeto político pedagógico do Instituto das Cidades.
Aprovado pelo Conselho Universitário em abril de 2016, O PDI 2016-2020 traz os princípios fundamentais e eixos estruturantes da Unifesp, dentre os quais estão: Ética; Democracia, Transparência, Equidade; Qualidade e Relevância; Unidade e Diversidade; Sustentabilidade, Bem Viver Social e Ambiental; Processo Instituinte; Governança Participativa; Temas Estratégicos de Ensino, Pesquisa, Extensão e Avaliação Continuada; Estrutura Intercampi e Convergente. A primeira das 12 diretrizes instituintes diz respeito à reconstrução do PPI. Nela estão dispostas 11 metas, dentre as quais destacam-se a consonância com o PDI, a autonomia intelectual do estudante para que ele seja o sujeito de sua formação, assegurando a ele as condições necessárias para seu completo desenvolvimento.