A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) vem a público contestar os dados divulgados pela reportagem “Mais alunos e menos verbas: a conta das federais não fecha”, publicada na edição de 4 de fevereiro do jornal O Globo, bem como a metodologia utilizada por suposto estudo interno do Ministério da Educação para o cálculo de custo por aluno na instituição.
A Unifesp reconhece como válida a única metodologia chancelada pelo Ministério da Educação, que se baseia na razão obtida pelo aluno equivalente, na qual o total de estudantes de graduação, pós-graduação stricto sensu e residências é obtido pela ponderação do valor de cada curso, conforme o Decreto nº 7233/2010 e a Portaria MEC 651/2013. O cálculo por aluno equivalente permite um tratamento equânime entre as instituições, bem como possíveis comparações, já que, em análise primária, não se pode comparar sem que se efetuem as ponderações necessárias.
Conforme esclarecido anteriormente à reportagem de O Globo, esta matriz, aplicada ao ano de 2016, prevê a divisão do gasto total da instituição no ano (R$928.289.045,51) pelo denominador de 51.099 (alunos equivalentes), resultante do número de estudantes e da ponderação dos pesos dos cursos, o que aponta o custo de R$ 18.166,48 por aluno.
A metodologia apontada pela reportagem como utilizada no suposto estudo interno do MEC não obedece a estes princípios. Ainda assim, se a divisão fosse feita pelo número de estudantes per capita em 2016 (18.716 alunos), o resultado seria de R$ 49.598,69 ou 60% do valor por aluno que o texto da matéria atribuiu à Unifesp.
Reitoria da Unifesp
Nota da Reitoria da Unifesp sobre reportagem do jornal O Globo
Matéria questiona gastos das universidades públicas