A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) recebeu, na última sexta-feira (27), a notícia sobre a decisão do Governo Federal de realizar corte de 14,54% do orçamento das instituições federais de ensino superior, que representa mais de R$ 1 bilhão, atingindo fortemente o planejamento orçamentário das universidades e institutos federais brasileiros. O orçamento da Unifesp já estava sendo onerado em 13% em relação ao de 2020, sendo que 80% é destinado para pagamento de pessoal ativo e aposentado.
O corte anunciado, aplicado sobre as verbas de uso discricionário da Unifesp, corresponde a uma redução de R$ 12,6 milhões, cerca de 14,54% do orçamento disponível para a universidade, o qual, se mantido, comprometerá o funcionamento e a manutenção da instituição, afetando o pagamento das contas e contratos nas áreas de custeio e infraestrutura.
Em virtude do diligente trabalho realizado pela Pró-Reitoria de Administração (Proadm/Unifesp), pró-reitorias finalísticas e campi, cerca de 95% do orçamento atual já estava empenhado, antes do conhecimento da decisão governamental pelo contingenciamento, garantindo, entre inúmeras ações, a continuidade do Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) na Unifesp, especialmente os recursos para funcionamento dos restaurantes universitários e manutenção das bolsas de permanência, que foram empenhados na sua totalidade.
Entretanto, o bloqueio afetou também o orçamento de recursos próprios, necessários à captação de verbas arrecadadas diretamente em convênios com entidades privadas, aluguéis, concursos, doações, prestações de serviços, entre outros.
Em nota, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) criticou o bloqueio das verbas para universidades federais e solicitou a recomposição dos orçamentos das universidades federais e da ciência brasileira. Leia mais aqui.