No dia 11 de agosto, as Universidades Federais Paulistas (UFABC, Unifesp e UFSCar) e o Instituto Federal de São Paulo (IFSP), representadas por seus reitores e reitora, se somaram aos atos em defesa da democracia e do Estado de Direito, ocorridos na sede da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FD-USP).
A data foi marcada por dois momentos de mobilização: o primeiro, promovido pela própria FD-USP, contou com a participação de representantes de várias entidades da sociedade civil e de dirigentes de outras instituições de ensino, além de estudantes e de autoridades políticas e acadêmicas.
Na ocasião, o reitor da USP, professor doutor Carlos Carlotti Jr, falou em nome dos representantes das seis universidades públicas paulistas (USP, Unicamp, Unesp, UFABC, Uniesp e UFSCar), dentre os quais, a reitora Ana Beatriz de Oliveira (UFSCar), o reitor Dácio Roberto Matheus (UFABC) e o reitor Nelson Sass (Unifesp), defendendo, enfaticamente, os aspectos garantidores da democracia, da justiça e do Estado de Direito e reforçando o papel das universidades na legitimação desses preceitos. Ainda neste primeiro momento dos atos, o ex-ministro da Justiça José Carlos Dias, presidente da Comissão Arns, proferiu a leitura de uma carta intitulada Em defesa da democracia e da justiça. O texto foi divulgado na semana passada, e conta com a assinatura de 110 organizações, incluindo a Andifes.
Além desta primeira mobilização, o 11 de agosto também representou o momento oficial de leitura da Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito! Nas últimas semanas, a referida carta, elaborada por membros da Faculdade de Direito da USP, tem sido intensamente noticiada e gerado ampla mobilização de diversos setores da sociedade civil brasileira. A leitura desta carta aconteceu no pátio da Faculdade e foi acompanhada pelo reitor Dácio Roberto Matheus e pela vice-reitora Mônica Schroder, da UFABC, e pelo assessor de Relações Institucionais da Unifesp, Dan Levy, representando as as universidades federais paulistas e o Instituto Federal de São Paulo (IFSP). Vale lembrar que a referida carta rememora o momento histórico de 1977, em que, em movimento similar de ampla repercussão, uma carta suprapartidária, assinada pelo professor e jurista Goffredo Telles Júnior e também lida nas dependências da FD-USP, marcou, naquela ocasião, explícito posicionamento contra a ditadura militar e fundamentou o resgate às instituições democráticas. A carta de 2022, antes mesmo de ser oficialmente lida neste 11 de agosto, já contava com mais de 950 mil signatários