A pesquisa “Otimização de rede pluviométrica - estudo de caso na cidade de São Paulo” conta com o apoio da CAPES, CNPq e Fapesp e busca otimizar a localização de redes pluviométricas para melhorar os sistemas de alerta de alagamento.
Figura: Proposta de locais onde os pluviômetros podem ser instalados na região da bacia do Rio Tamanduateí.
A pesquisa é desenvolvida pelo doutorando do Programa de Pós-Graduação em Pesquisa Operacional (Unifesp/ITA), Felipe Simoyama, sob a orientação dos professores Luiz Leduino de Salles Neto (ICT/Unifesp) e Leonardo Bacelar Lima Santos (CEMADEN).
O objetivo da pesquisa, iniciada em 2019, é otimizar a localização de redes pluviométricas para minimizar os impactos dos alagamentos na mobilidade urbana. Com base na modelagem matemática e em simulações computacionais, os pesquisadores estão realizando um estudo de caso com os dados da cidade de São Paulo. Posteriormente, os resultados poderão ser utilizados no contexto de outras cidades. A previsão é que a pesquisa seja concluída até 2023.
A principal motivação para o desenvolvimento do projeto são os grandes impactos causados pelos alagamentos na mobilidade urbana, especialmente em São Paulo. “A seleção dos melhores pontos para instalação de pluviômetros é um problema real, que ainda necessita de um método que possa ser utilizado de forma sistemática e bem embasado cientificamente. Dessa forma, é possível melhorar os sistemas de alerta de alagamentos das cidades e, assim, minimizar tais impactos”, explica Felipe.
Até o momento, o problema foi analisado a partir de um modelo matemático chamado Localização de Máxima Cobertura. “Considerando que os alagamentos são deflagrados por eventos meteorológicos e, portanto, cercados de muita incerteza, realizamos também uma análise de sensibilidade para testar a robustez das soluções frente às incertezas sobre a área dos alagamentos”, afirmam os pesquisadores. Além disso, já foi realizada a revisão de literatura de pesquisas da área, que resultou em publicação no SBPO (Simpósio Brasileiro de Pesquisa Operacional).
Na fase atual, os pesquisadores analisam como incorporar as variáveis hidrológicas ao modelo, tornando-o mais adequado ao problema real. Para isso, estão sendo realizadas pesquisas em conjunto com o Alabama Transportation Institute da University of Alabama, nos Estados Unidos, sob a co-orientação da Dra. Silvana Croope, professora da universidade norte-americana.
Os pesquisadores esperam que o estudo contribua para uma modelagem mais robusta e adequada, já que se trata de um problema muito específico e que envolve variáveis hidrológicas, meteorológicas, demográficas e econômicas. Os resultados da pesquisa poderão ser utilizados por prefeituras, departamentos de trânsito, centrais de monitoramento de desastres, entre outros.