Egresso do ICT/Unifesp atua como engenheiro de software na Bélgica

Lucas Vecchete se formou no curso de Engenharia de Computação do ICT/Unifesp em 2018. Depois de um ano, recebeu uma proposta para trabalhar na Bélgica como engenheiro de software embarcado.

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Lucas explica que sua função é especificar e desenvolver o software de equipamentos eletrônicos que possuem software embarcado, como um equipamento médico, um sistema de carros e seus periféricos ou um eletrodoméstico. O egresso trabalha na empresa Dekimo, que aloca profissionais em diversos projetos e empresas ou desenvolve projetos “in-house” para outras empresas. "Já trabalhei em projetos de Máquina de Anestesia e Respirador Mecânico (Ventilador de UTI) na Medec International e, no momento, estou trabalhando com Lidar (Câmera 3D) para o mercado automotivo, mais especificamente para carros autônomos", conta Lucas.

Para o egresso, a rotina de trabalho na Bélgica é mais tranquila em comparação ao Brasil. "Eu entro às 9h30 e saio às 16h30. Aqui, seu gerente literalmente te expulsa da empresa no fim do expediente, pois é o tempo de relaxar, praticar um esporte e ficar com a família. Se alguém precisa fazer alguma hora-extra, vira motivo de fofoca no bar. Há, obviamente, questões culturais na rotina de trabalho, como o curto período de almoço e a máxima eficiência nas horas trabalhadas, mas, em geral, a rotina é bem pacata. Temos nosso escritório com os equipamentos, estipulamos as coisas para serem implementadas ou investigadas na semana e, depois disso, quebramos a cabeça para implementar", relata o egresso.

Desde seu ingresso no ICT/Unifesp, Lucas foi bolsista de iniciação científica, sob a orientação do prof. Dr. Luiz Eduardo Galvão, integrando um grupo de pesquisa que visava desenvolver uma bomba de infusão de insulina de baixo custo. "Esse projeto foi fundamental para desenvolver minhas habilidades de sistemas embarcados. As amizades e contatos feitos no grupo abriram portas para minha carreira profissional". O ex-aluno acrescenta ainda a importância do Grupo de Robótica Forgers. "Eu tive o prazer de fundar o grupo com o intuito de ser uma atividade complementar para os entusiastas de robótica e sistemas embarcados. Com o passar do tempo e com a ajuda de pessoas excepcionais como o prof. Dr. Fabio Faria, o grupo virou um time de competição de robótica e, mais que isso, um grupo de extensão, tornando-se um braço importante para a inclusão de crianças de escola pública na área de robótica".

Para Lucas, a formação que teve no ICT/Unifesp não fica atrás das universidades europeias. "Meu conhecimento teórico é equiparável ao dos meus colegas de trabalho. Em alguns casos, eu até tenho mais base para realizar as atividades que outros. O fato de ter uma abordagem ampla e com qualidade fez com que eu tenha conhecimento aprofundado em diversas áreas. Além disso, o fator interdisciplinar colabora muito com meu desempenho profissional. A facilidade de absorver novos conhecimentos em áreas diversas é fundamental no meu trabalho", destaca.

Lucas comentou que, ao entrar na universidade, já tinha o desejo de trabalhar com sistemas embarcados. "As oportunidades ao longo da graduação moldaram minha trajetória, pois, sem as experiências que tive, talvez eu não teria ido para essa área por falta de estímulo contínuo. É uma área bem específica, que demanda conhecimento de eletrônica e software, além de equipamentos para a prática e aprendizado. Não é como um desenvolvimento de software comum que basta um computador para praticar", afirma.

O egresso destacou que o ICT/Unifesp fez com que aprendesse a respeitar a ciência e outras áreas do conhecimento. "Algumas instituições são muito especializadas, fazendo com que você viva em uma bolha. Fiz grandes amizades com pessoas de áreas de atuação diferentes e pude aprender pontos de vista diversos convivendo com elas". Além disso, Lucas fez questão de ressaltar as amizades que fez durante a graduação. "Tive verdadeiros irmãos e irmãs enquanto estudei na Unifesp, que me ajudaram em vários momentos difíceis e alegraram ainda mais o dia-a-dia".

O ex-aluno deixou um recado para os futuros ingressantes do ICT/Unifesp. "O ICT é o responsável pelo profissional que sou hoje. É uma excelente opção para ter uma formação sólida e, ao mesmo tempo, moderna, alinhada com o que a sociedade precisa. É um lugar com excelentes profissionais, que colaboram imensamente para a qualidade da instituição. É uma excelente escolha para quem quer abrir a mente e ter experiências profissionais e pessoais que vão provavelmente marcar a vida", finaliza.