São Paulo, 6 de setembro de 2023
Nos últimos três meses, estamos em um cenário epidemiológico de estabilização de novos casos de covid-19. Os leitos especializados para tratamento de covid-19 foram desativados no Estado de São Paulo. Esse cenário é consequência, fundamentalmente, da cobertura vacinal. Porém, novas subvariantes da Ômicron continuam a surgir. Há duas semanas, uma nova subvariante dela foi identificada em São Paulo, a EG.5 (apelidada de Éris, da mitologia grega, deusa da discórdia), que é uma linhagem descendente de XBB.1.9.2 da Ômicron. É esperado que novos casos dessa nova subvariante ocorram nas próximas semanas.
Quais as consequências da disseminação dessa nova subvariante da Ômicron?
A EG.5 é a subvariante que está se disseminando no mundo. No Brasil, já foram identificados três casos, sem relação com viagens ou contatos com estrangeiros(as), o que demonstra que já está sendo transmitida na comunidade. Essa cepa tem alta transmissibilidade e, até o momento, não tem demonstrado maior gravidade. Os quadros clínicos, em geral, são leves das vias aéreas superiores, como uma síndrome gripal.
Devemos mudar as recomendações de prevenção nos diversos campi da Unifesp?
Até o momento, não há dados epidemiológicos que justifiquem alterar as medidas de prevenção que estamos executando nos diversos campi da Unifesp.
Quais as medidas de prevenção que continuam sendo preconizadas para evitar a transmissão da covid-19 e de vírus respiratórios?
a) Manter atualizada a vacinação para covid-19 e influenza. Desde o final de abril de 2023, o Ministério da Saúde ampliou a vacinação com dose de reforço bivalente contra a covid-19 para toda a população acima de 18 anos. Diversos estudos demonstram que essa vacina é segura, determina proteção contra formas graves e mortes por covid-19 e apresenta baixa incidência de eventos adversos. Sendo assim, é fundamental que todos(as) servidores(as), estudantes, trabalhadores(as) terceirizados(as) da Unifesp sejam vacinados(as) de acordo com o calendário vacinal do município de residência. A vacina para influenza também está disponível nas UBSs.
b) Recomendamos que idosos(as), pessoas com doenças crônicas, como diabetes, cardiopatias e doença pulmonar, entre outras, imunodeprimidos(as) e/ou em uso de medicações imunossupressoras mantenham o uso de máscara para suas atividades, especialmente em locais fechados com pouca ventilação.
c) Nos serviços de saúde, o uso da máscara continua obrigatória em locais com contato direto com pacientes, como os ambulatórios, as enfermarias e as unidades de terapia intensiva do Hospital São Paulo (HSP/HU Unifesp) e demais ambientes assistenciais com fluxo de pacientes. Em áreas administrativas, anfiteatros e salas de aula o uso da máscara é facultativo.
d) O uso da máscara tem grande importância em indivíduos sintomáticos respiratórios, pois bloqueia a excreção de gotículas durante a fala, espirros e tosse. Se você está sintomático, mantenha o seu uso até a consulta médica.
e) A lavagem frequente das mãos com água e sabão ou higienização com álcool-gel continuam sendo fundamentais para evitar a contaminação contra agentes infecciosos, incluindo as viroses.
Na medida que o Sars-CoV-2 alterou sua estrutura em decorrência de mutações sucessivas, a cepa ancestral foi substituída por uma série de variantes com maior potencial de transmissão, porém, essas alterações não determinaram maior gravidade da doença. Para limitar a disseminação e os efeitos graves da infecção, foram recomendadas doses de reforço das vacinas para covid-19. É fundamental que todas as pessoas com idade acima de 18 anos já tenham tomado cinco doses de vacina para covid-19 (duas do esquema básico e três reforços).
O Comitê Permanente de Enfrentamento da Covid-19 da Unifesp tem se reunido e analisado o cenário epidemiológico e, em caso de qualquer mudança, traremos novas informações e medidas de prevenção para manter segura toda a nossa comunidade.
Comitê Permanente de Enfrentamento da Covid-19 (CPEC) - Unifesp