Mulheres são 63% dos servidores
Daniel Patini
O 1º Censo de Servidores da Unifesp, após dois anos de trabalho, apresenta seus principais resultados. Importante instrumento para a promoção do bem-estar no local de trabalho, o censo foi realizado pelas Pró-Reitorias de Administração (ProAdm) e de Gestão com Pessoas (ProPessoas).
Para Pedro Chadarevian, pró-reitor adjunto de Administração e coordenador da comissão do censo, esse trabalho é um marco para a universidade, sendo inédito entre as instituições federais de ensino superior (Ifes).
“É um documento que ficará à disposição dos gestores da instituição para entender melhor quem somos, como funcionamos e como se dão as nossas relações de trabalho. Ele é fruto de uma reflexão coletiva da comunidade acadêmica”, analisa.
Além do relatório final do censo, que apresentará um recorte por categoria e campus, a base de dados poderá ser consultada sob demanda. Ainda está prevista uma segunda etapa, baseada em grupos focais para uma análise qualitativa.
De acordo com os resultados obtidos dos 4.065 formulários preenchidos, no geral, houve participação elevada nos diferentes campi da instituição (acima de 80%). Os dados foram colhidos durante junho de 2015 e março de 2016.
Perfil socioeconômico
Mulheres são maioria na instituição (63%). Servidores têm idade média de 46 anos, 85% de brancos entre docentes e 69% entre TAEs, 6% possuem algum tipo de deficiência, maioria está nas classes B e C (64%).
Quanto à origem, 84% dos TAEs e 77% dos docentes são da Região Sudeste e 5% dos docentes são estrangeiros.
Experiência
O ano médio de admissão na Unifesp para TAEs é 2001 e docentes 2005. Os TAEs com mais de 20 anos de serviço público representam 33%, enquanto que entre docentes esta proporção é de 28%.
Clima Organizacional
O sentimento de utilidade no desempenho de sua função foi alto em ambas categorias: docentes (96%) e TAEs (95%). Foi constatada ainda elevada satisfação com o ambiente de trabalho (docentes 80% / TAEs 78%) e com a chefia imediata (docentes 79% / TAEs 73%).
A minoria dos participantes reclamou de “pressão” ou cobrança indevida (TAEs 22% / docentes 16%). Já a falta de espaço para decisão foi considerada um problema maior entre os TAEs (32%) do que entre os docentes (13%), assim como o sentimento de trabalho repetitivo: TAEs (76%) e docentes (40%).
A percepção de salário baixo em relação ao volume de trabalho foi de 86% entre os docentes e de 75% entre os TAEs.
Gestão com Pessoas
A política de capacitação foi elogiada por 70% dos entrevistados, que se consideraram satisfeitos com ela. A jornada flexibilizada de 30 horas foi vista de forma positiva pelos TAEs: 81% deles constataram aumento na produtividade. Já os docentes ficaram divididos sobre a questão. O serviço oferecido pelo Núcleo de Assistência à Saúde do Funcionário (Nasf) foi aprovado pela maioria dos entrevistados das duas categorias (docentes 73% / TAEs 62%).