Nossa universidade, aos olhos de grandes parceiros

Cada qual com sua visão, gestores e ex-gestores de instituições relevantes dão um pequeno relato da importância da Unifesp para o desenvolvimento do país

Unifesp é uma referência no país

A Unifesp é uma das universidades federais mais preeminentes tanto na preparação de recursos humanos como na pesquisa. Originou-se da Escola Paulista de Medicina, que era um centro de excelência para a formação nas áreas básicas de Biologia e Biologia Molecular, nas áreas médicas e nas especialidades médicas. Há 25 anos, transformou-se em uma universidade especializada e, em seguida, começou a ampliar seu escopo, incorporando novas áreas de conhecimento. Continua a ser uma referência em Biomedicina, tendo-se qualificado rapidamente nas Ciências Humanas e nas Ciências Sociais Aplicadas. Tornou-se uma instituição de referência não só para o Estado de São Paulo como também para o país como um todo.

Abílio Baeta Neves 
Ex-presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)

A Unifesp só veio a contribuir

A Unifesp é uma universidade relevante no Estado de São Paulo e no Brasil, ampliando a excelência que já expressava quando era ainda a Escola Paulista de Medicina (EPM), trazendo resultados importantes na área de ensino, pós-graduação e pesquisa para a sociedade brasileira, em parceria com organizações internacionais.

Particularmente para São José dos Campos, cidade que sedia o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e o cluster aeroespacial brasileiro, a Unifesp vem a contribuir com o nosso desenvolvimento. Destaca-se que a Unifesp escolheu o Parque Tecnológico de São José dos Campos para sediar um de seus campi para atuar em áreas da vocação tecnológica da cidade, como Engenharia e Ciência da Computação, Engenharia de Materiais, Biotecnologia e Matemática Computacional, dentre outros cursos, o que muito ajuda nas interações com o setor produtivo, notadamente para as empresas de pesquisa e desenvolvimento do setor aeroespacial. 

É com satisfação que mencionamos que egressos do ITA apoiaram a criação da unidade da Unifesp em São José dos Campos, seja por meio de professores que atuam lá, como até mesmo na Direção do instituto. Dois diretores (Milioni, 2010-2012, e Horácio Yanasse, 2016-atual) do campus são ex-estudantes do ITA, o primeiro também ex-professor.

Unindo duas instituições de renome nacional e internacional, o ITA e a Unifesp estabeleceram um programa de pós-graduação em associação, devidamente aprovado e reconhecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) na área de pesquisa operacional. A parceria iniciou-se em 2015 e já produziu resultados.

Parabéns à Unifesp.

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Anderson Ribeiro Correia
Ex-reitor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA)

25 anos da Unifesp

A Unifesp, assim como a Unicamp, é uma universidade que já nasceu com tradição. Se no caso da Unicamp isso se deveu à experiência trazida pelos pioneiros que ajudaram a estruturar as primeiras unidades e cursos da universidade, no da Unifesp o que contou foi a excelência em ensino, pesquisa e assistência herdada da Escola Paulista de Medicina (EPM).

Fundada em 1933, a EPM já acumulava, à época da criação da Unifesp, décadas de dedicação à formação de profissionais de saúde da mais alta qualidade, à promoção do avanço da ciência e ao atendimento da população de São Paulo e de outros Estados. Vale lembrar que a EPM foi a primeira escola médica do Brasil a possuir seu próprio hospital de ensino – o Hospital São Paulo, referência nacional no tratamento de casos de alta complexidade.

Como se vê, não é surpresa que a Unifesp se tenha tornado em tão pouco tempo uma universidade reconhecida e respeitada no Brasil e no exterior. De fato, ela ocupa hoje posição de destaque no conjunto das universidades federais brasileiras e é nome certo nos rankings especializados que apontam as melhores instituições de ensino superior da América Latina.

Para o Estado de São Paulo, em particular, foi de fundamental importância o rápido crescimento da Unifesp, ocorrido a partir de 2004. A expansão levou a jovem universidade para além dos limites da capital e do foco na área da saúde. Atualmente, a Unifesp forma excelentes profissionais, faz pesquisa e presta serviços à sociedade em outros cinco municípios paulistas, em diferentes áreas das ciências biológicas, humanas, exatas e tecnológicas.

Convém destacar, também, a parceria da Unifesp com a Unicamp e outras universidades federais e estaduais de São Paulo na defesa do ensino superior público e gratuito, da autonomia universitária e da pluralidade de ideias. Que a Unifesp continue contribuindo de forma decisiva, por meio de suas atividades acadêmicas e interações com a sociedade, para o desenvolvimento científico, tecnológico e social do Brasil.

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Marcelo Knobel
Reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Imagem: Antonio Scarpinetti

Rica trajetória na produção de conhecimento 

A Universidade Federal de São Paulo - nossa Unifesp - é, sem dúvida alguma, uma das instituições mais relevantes no Brasil. Sua trajetória é rica na produção de conhecimento, no desenvolvimento científico e na transformação social. 

Suas bases se consolidaram nas ciências da saúde e sua tradição é reverberada pela excelência de suas pesquisas, pela formação de profissionais amplamente capacitados e por seus esforços para transformar o conhecimento gerado na universidade em entrega de serviços de ponta à sociedade.

A chegada do século XXI foi marcada por novos desafios à, já renomada, Unifesp. Visionária por natureza, iniciou a ampliação de suas frentes de ensino e assumiu a louvável responsabilidade de expandir suas atividades para regiões descentralizadas. Vieram, assim, os campi Baixada Santista, Diadema, Guarulhos, Osasco e São José dos Campos. Com os novos espaços, surgiram, também, mais diversidade de saberes científicos, mais reflexões conjunturais, e, principalmente, mais democratização do ensino superior público, gratuito e de qualidade.

Recentemente, essa referenciada instituição vem cumprindo outro importante papel no contexto nacional, atuando enfaticamente na defesa da ciência, da educação pública e da autonomia universitária. Ao incitar e promover debates em prol de aspectos tão fundamentais, a Unifesp reafirma seu compromisso com o Brasil e com os brasileiros.

Neste momento de celebração dos 25 anos da Unifesp, meus desejos são que a instituição mantenha-se ainda mais viva, contribuindo para o desenvolvimento do nosso país e siga perpetuando sua ousadia, tradição e força!

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Dácio Matheus
Reitor da Universidade Federal do ABC (UFABC)

Os 25 anos da Universidade Federal de São Paulo 

A Universidade Federal de São Paulo e a Universidade Federal de São Carlos são parceiras, federais estão instaladas no mesmo Estado o que as torna ainda mais próximas.

E como instituição de ensino superior mais velha, a Universidade Federal de São Carlos completará em 2019/20 meio século de atividades, reconhece na Unifesp uma instituição de ensino, pesquisa e extensão com trabalhos altamente qualificados, principalmente nas ciências da saúde.

Toda a comunidade UFSCar parabeniza a Unifesp por seu esforço durante esses 25 anos na formação de recursos humanos qualificados, na pesquisa e desenvolvimento de tecnologia de ponta em métodos diagnósticos e no tratamento de doenças.

Nossos cumprimentos por tantos resultados reconhecidos internacionalmente e pela aplicação de todo esse conhecimento em benefício da sociedade paulista em diversas áreas de conhecimento, principalmente no Hospital São Paulo, cujo trabalho elevou essa instituição médica ao reconhecimento de ser o maior hospital universitário do país, uma referência em procedimentos de alta complexidade custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Por fim, nossos votos de que a Unifesp mantenha-se no esforço constante para ultrapassar as fronteiras do conhecimento garantindo melhor qualidade de vida a todos os brasileiros.

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Wanda Hoffmann
Reitora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

Eu conheci a Escola Paulista de Medicina

Quando cheguei na Andifes, há 26 anos, o vice-presidente era Manuel Lopes dos Santos, diretor da Escola Paulista de Medicina (EPM). Desde então, já se observava a importância política e a liderança da escola no sistema federal de ensino superior. Também testemunhei o reconhecimento acadêmico, seja pelos indicadores das agências de fomento, seja pelo fato de vários reitores de outras universidades terem sido egressos da EPM. O Hospital São Paulo já era referência de qualidade.

Em 1994, eu vi nascer a Unifesp. Uma nova universidade, pequena em número de estudantes e cursos, mas herdeira de uma história de qualidade. Essa rica herança no ensino, pesquisa, extensão e no atendimento à saúde permitiu à recém-criada universidade começar sua trajetória de expansão geográfica e nas áreas do conhecimento com um padrão de qualidade já estabelecido.

Podemos, seguramente, dizer que uma escola, sediada na capital paulista, cresceu e se transformou em uma universidade que serve ao Estado de São Paulo. Ela segue formando profissionais que se espalham pelo país, titulando mestres e doutores, que retornam às suas origens, ajudando a consolidar outras instituições, produzindo pesquisas, ciência e novos conhecimentos de padrão internacional. A Unifesp, ainda jovem, já é uma universidade do Brasil e do mundo.

Posso afirmar, como testemunha ocular, que essa evolução, ocorrida em apenas 25 anos, iluminada pela excelência, reflete a dedicação de uma comunidade que traduz a qualidade da universidade pública e gratuita. Igualmente, a gestão eficiente dos reitores Manuel Lopes, Hélio Egydio, Ulysses Fagundes, Marcos Ferraz, Walter Albertoni e Soraya Smaili, cada um ao seu tempo, superando desafios, dando passos à frente e colaborando com a consolidação do sistema federal de ensino superior, sempre participando da Andifes.

A Unifesp que conheço, transformada a partir de cursos de excelência na área da saúde, baseados em um grande hospital público na capital, hoje se tornou multicampi, inclusiva, abrangendo inúmeras áreas do conhecimento e com vitalidade para continuar crescendo. Uma grande universidade pública.

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Gustavo Balduino
Secretário Executivo da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes)

Exemplo de excelência acadêmica e científica

Os 25 anos da Unifesp representam um marco expressivo para a academia e a pesquisa no Brasil. Seus programas de pós-graduação, responsáveis pela titulação de mestres e doutores de elevadíssimo nível e competência, a posicionam no topo dos índices médios de produtividade científica por docente no âmbito das universidades nacionais.

A relevância da atividade de pesquisa da instituição se evidencia na sua aplicação prática em benefício da sociedade. Exemplos disso encontram-se no Prêmio Péter Murányi, que objetiva justamente reconhecer iniciativas comprovadamente impactantes na qualidade da vida de comunidades de regiões em desenvolvimento. Dois trabalhos advindos da Unifesp tiveram especial destaque no certame: em 2003, quando a premiação contemplou Desenvolvimento Científico e Tecnológico, o grande vencedor foi Síntese, Estudos Físico-Químicos e Utilização Tecnológica de Materiais Poliméricos: Um Exemplo de Interação entre a Ciência Básica e a Aplicada, de autoria de Clóvis Ryuichi Nakaie, docente na Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp) – Campus São Paulo; em 2014, a área de conhecimento em foco foi a Saúde, com Achados Clínicos e Experimentais do Exercício Físico como Terapia Complementar na Epilepsia, de Ricardo Mário Arida, Fulvio Alexandre Scorza e Ésper Abrão Cavalheiro, docentes na EPM/Unifesp – Campus São Paulo, como um dos finalistas.

Trabalhos como esses que participaram do Prêmio Péter Murányi atestam a excelência da Unifesp. A instituição, com origem na Escola Paulista de Medicina (EPM), uma das mais importantes do gênero no Brasil, produz hoje conhecimento e ministra cursos de ensino superior de elevada qualidade em múltiplas áreas. Assim, é notável sua contribuição à ciência, à pesquisa e à formação de docentes e profissionais qualificados.

A bem-sucedida trajetória acadêmico-científica da Unifesp, com resultados concretos, demonstra que o Brasil tem imenso potencial para avançar muito no campo da Pesquisa & Desenvolvimento. Isso é crucial para que nosso país ingresse em um ciclo sustentável de crescimento, ascensão do patamar de renda e inclusão massiva de seus habitantes nos benefícios da economia.

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Vera Murányi Kiss
Presidente da Fundação Péter Murányi

Vencemos pela ciência

As universidades públicas estaduais e federais localizadas no Estado de São Paulo representam importantes polos de excelência na pesquisa, no ensino e na extensão. Pautam-se pela qualidade dessas modalidades de atuação em benefício da produção, transmissão e compartilhamento do saber, além de serem as grandes responsáveis pela produção científica brasileira. As trajetórias dessas instituições se entrelaçam e se complementam, fazendo de São Paulo um Estado pujante no cenário do ensino superior brasileiro.

A criação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que teve como núcleo de origem a Escola Paulista de Medicina (EPM), remonta ao ano de 1933 e, assim como a Universidade de São Paulo (USP), fundada um ano mais tarde, foi resultado “de acontecimentos sociais inelutáveis”, como mencionou o primeiro diretor da Escola, Octávio de Carvalho, em seu discurso de posse. Se, em 1932, perdemos a Revolução Constitucionalista pelas armas, pela ciência vencemos, com a criação de universidades que se tornaram referências mundiais e, hoje, são motivos de orgulho para a sociedade paulista e brasileira, assim como é a Unifesp.

Congratulo-me com os dirigentes, docentes, técnicos e estudantes que forjaram essa instituição e fazem dela um exemplo de liderança universitária.

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Vahan Agopyan
Reitor da Universidade de São Paulo (USP)