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Valquíria Carnaúba
A Iniciação Científica (IC) é uma modalidade de pesquisa acadêmica desenvolvida por estudantes de graduação, sob orientação de docentes, nas universidades brasileiras, em diversas áreas do conhecimento. Sabe-se que bolsistas de IC têm mais chances de concluir pós-graduação, a partir de dados providos pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações em 2017, e que grande parte dos projetos recebem aporte das Fundações de Amparo à Pesquisa(FAPs) de cada unidade federativa, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico(CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior(Capes).
Ao optar pelo mestrado em Ciências na Universidade de São Paulo (USP), Luciana Massi já tinha uma pergunta e o anseio por respondê-la: “por que tantos estudantes de graduação optam pela Iniciação Científica, sobretudo nas universidades públicas?” Contudo, essa atitude questionadora, segundo ela, uma característica necessária a todo aquele que visa adentrar a pesquisa acadêmica, ainda não trouxe respostas satisfatórias para essa questão – pelo menos, até o momento. A pesquisadora se deparou com um verdadeiro deserto de estudos sobre essa modalidade de pesquisa.
Doutora em Ensino de Química pelo Programa de Pós-Graduação Interunidades em Ensino de Ciências da USP e docente do Departamento de Didática da Faculdade de Ciências e Letras (FCL/Unesp) – Campus Araraquara, Massi é uma das poucas pesquisadoras brasileiras que se debruçam sobre o tema com a seriedade necessária. Em entrevista à Entreteses, a professora abordou a Iniciação Científica como um vasto campo em pleno e franco desbravamento, compartilhando desde suas impressões sobre o perfil de indivíduo que comumente busca a IC até sua preocupação com os crescentes cortes envolvendo bolsas voltadas à pesquisa, em especial as destinadas à graduação.
Baseada em revisões bibliográficas e experiências pessoais ao redor do mundo, ela defende o modelo brasileiro de apoio aos estudantes de graduação para o ingresso na IC, pautado principalmente na definição de regras e concessão de apoio financeiro. Por outro lado, acredita que nossas universidades ainda carecem de estrutura institucional (apoio e cursos de aperfeiçoamento) que preparem os orientadores para o processo de acompanhamento dos estudantes ao longo de suas pesquisas. Para Massi, estudantes de Iniciação Científica bem orientados são a chave para a consolidação da pesquisa científica perante a academia e a própria sociedade. Naquele momento, por terem saído há pouco do Ensino Médio, estão mais próximos dos jovens e sua linguagem, podendo divulgar de forma mais compreensível suas pesquisas. No futuro, saberão dar o suporte adequado aos orientandos, caso tenham vivenciado a pesquisa como um processo formativo.
Entreteses • O que a motivou a publicar artigos acadêmicos e livros sobre a Iniciação Científica?
Luciana Massi • Estudei a Iniciação Científica no mestrado e, diante do fato de haver poucos estudos, decidi investir bastante em uma revisão bibliográfica. A princípio, estranhei a ausência de material, isso após um levantamento bem detalhado. Em seguida, fiz uma coleta com estudantes de graduação sobre o desenvolvimento da linguagem científica durante a Iniciação. De todos os resultados que obtive no mestrado, essa revisão bibliográfica foi a que mais teve repercussão, justamente pelo fato de que meu interesse na Iniciação Científica se dava para entender a própria pesquisa na universidade. Isso porque quando entrei na universidade e descobri que havia pesquisa, pós-graduação, eu queria continuar nesse caminho. Passei minha graduação no Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista (Unesp), onde a pesquisa é muito forte. Naquela época, surgiram em mim grandes questionamentos sobre a Iniciação Científica. Por que tanta gente quer fazer? O que traz de bom? O que esses estudantes fazem? Uma das minhas primeiras hipóteses para a ausência de estudos sobre IC foi que se tratava de um tema meio perdido entre diversas áreas; pensava: “interessa para quem estudar esse tema?”. Encontrei trabalhos nas áreas da Economia, Sociologia, Administração, Medicina, e não há uma área específica que estude a modalidade. Não é um tema habitual na Educação também, pois não há linhas de estudo sobre a formação do pesquisador.
E. Onde se faz mais Iniciação Científica: nas universidades públicas ou nas privadas?
L.M. Há mais projetos, infraestrutura e incentivo para a realização de pesquisas nas públicas, o que implica em, consequentemente, mais bolsas de IC concedidas aos estudantes. Essa discrepância não está condicionada ao modo de distribuição das bolsas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Cnpq), mas à demanda pelas instituições de ensino do país. Há uma relação direta com a falta de investimento das universidades privadas na pesquisa, fazendo com que essas instituições tenham menos projetos e, consequentemente, menos solicitações de bolsa. No mundo, as instituições de ensino superior normalmente não possuem programas institucionais de iniciação à pesquisa tal como ocorre com as universidades brasileiras. A atividade de Iniciação Científica, quando acontece, ocorre de maneira mais informal, ou é enquadrada como pesquisa de estudantes de graduação. Essa é uma vantagem muito grande do Brasil, e infelizmente não se mantém mais esse grau de investimento, mas historicamente esse aporte foi fundamental para a competitividade brasileira na ciência. A partir de meu pós-doutorado, sobre a formação do orientador, é possível supor que o que mais influencia um docente na forma como ele vai orientar um projeto de IC é o próprio modelo de orientação que ele vivenciou como estudante. O caminho seria abrir a caixa-preta da orientação, com trocas de experiências bem-sucedidas entre os orientadores, discussões entre eles sobre problemas que tiveram com os orientandos, estratégias adotadas. Uma experiência interessante que identifiquei, na Universidade de Joanesburgo, foi um programa inteiro de especialização voltado para a formação de orientadores. Poderíamos pensar em cursos mais estruturados, que desenvolvam as habilidades que os orientadores devem ter, ou pelo menos espaços de discussão nos cursos de pós-graduação. Não temos ainda muita clareza sobre como seria uma Pedagogia da Orientação, que já está sendo discutida em outros países. Minha pesquisa apontou que a formação em Educação do orientador parece favorecer esse olhar sobre a orientação, mas não é a única possibilidade. Trazer o tema à tona seria uma contribuição muito importante para a universidade, para os programas de pós-graduação, para os orientadores e para os orientandos.
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E. Apesar de muitos pesquisadores serem contemplados com bolsas, uma outra parcela considerável dá continuidade às suas pesquisas voluntariamente. Ainda que se saiba que isso ocorre, principalmente, porque a quantidade de bolsas é escassa, você acredita que não obter o aporte financeiro influencia a motivação dos estudantes voluntários envolvidos nesses projetos?
L.M. A dissertação de Camila Alves Fior, desenvolvida na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mostrou que estudantes que adquirem bolsas se sentem mais motivados, porém vários estudos apontam para a escassez das bolsas, o que representa uma oportunidade para poucos. Trata-se de mais um fator que reforça a necessidade de cada um desses estudantes primeiro se inteirar sobre como se faz pesquisa na universidade, o que é estudado, tendo a chance de experimentar e verificar se, de fato, aquilo o interessa. São cuidados que evitariam, no mínimo, que a IC passasse a ideia de elitização, embora órgãos de fomento exijam desempenho de excelência dos candidatos a bolsas de estudo. Enfrentamos dificuldades em cursos com disciplinas de exatas, que têm exigências muito altas, como nas disciplinas de Cálculo, e há estudantes que por um baixo desempenho nessas disciplinas nunca mais conseguem bolsas, sequer de mestrado e doutorado. A bolsa acaba, infelizmente, discriminando, e nem sempre pelos motivos mais justos. Seria uma ótima oportunidade de a universidade mostrar a esses estudantes outros recursos, outros caminhos para quem gosta de realizar pesquisa. Além disso, há estudantes que assumem um projeto de IC com o objetivo de seguir a carreira acadêmica. Com os crescentes cortes e a condição atual de realizar pesquisa no Brasil, qual o estímulo dessas pessoas? Ainda que os estudantes possam atuar de forma voluntária na IC, é importante que esses projetos sejam institucionalizados, pois cria-se um cenário que estimula aquele pesquisador a entregar um relatório e participar de eventos, abrindo a possibilidade de vivenciar essa experiência de forma mais completa, o que só agrega à sua formação.
E. Existe pessoalismo na escolha, pelos orientadores, de projetos e estudantes a serem orientados?
L.M. Existe e ele é muito importante. Como se trata de uma relação muito próxima, se a expectativa de um em relação ao outro não é atendida, a chance de o projeto dar errado é muito grande. Se o encaixe não existir, quando falamos de estilo de trabalho, expectativa e motivação, o processo pode ficar comprometido. Claro que tudo não pode se resumir a características pessoais, e o ideal é objetivar um pouco mais as escolhas.
E. Da parte do estudante, existe um perfil que mais comumente se aproxima da IC?
L.M. O perfil do estudante não nasce com ele. A Iniciação pode favorecer determinadas habilidades não tão presentes, a princípio, e é por meio da IC que ele tem a chance de desenvolvê-las, e é obrigação da universidade oferecer as melhores oportunidades para todos. A referência sempre é a pesquisa. Se, ao pesquisar, o estudante sentir uma inquietação muito grande e desejar responder a uma pergunta pelas vias científicas, isso envolve investimento nessa curiosidade para saber que, talvez, no final do processo, ele não obtenha toda a resposta que queria.
Tem pessoas que acreditam que a ciência é feita de certezas. Eu acredito que quem tem essa visão não deveria seguir a carreira acadêmica. A ideia é que você não queira ficar livre de sua pesquisa. Você fez uma pergunta, não conseguiu respondê-la plenamente e continua perguntando de outras formas para obter respostas, ainda que parciais, sobre a mesma questão.
Acredito que não seja um perfil muito comum de estudante. Perceber se um estudante se dispõe a investir em torno de um ano para responder a uma única pergunta já é um critério a ser considerado no desenho desse perfil. Para quem gosta de coisas mais pragmáticas e imediatas, acredito que o próprio mercado de trabalho será mais satisfatório.
E. Participar de um projeto de IC na graduação favorece a entrada no mercado de trabalho?
L.M. Determinadas qualidades que o estudante desenvolve durante a IC, como responsabilidade, maturidade e criatividade, com certeza repercutem no mercado de trabalho. Um estudo da Vera Lúcia Alves Breglia, docente da Universidade Federal Fluminense (UFF), mostrou que os orientadores acreditam que estudantes que passaram pela IC têm um diferencial no mercado justamente por já ter tido espaço para desenvolver essas competências. Porém, é importante saber que essa não é a principal função da IC; ela prepara para a pesquisa acadêmica.
E. A Iniciação Científica é uma oportunidade de ensinar aos estudantes, desde cedo, como efetuar a divulgação e a comunicação da ciência à sociedade?
L.M. É um aspecto a mais a ser explorado nos projetos de IC. A vantagem, para o estudante de graduação, é que ele está muito mais próximo da sociedade, dos estudantes de ensino médio (há meses atrás ele próprio estava naquela posição). Ele tem uma vantagem em relação à linguagem, algo mais difícil para o pesquisador que já está há mais tempo na universidade e se distanciou dessa forma de comunicação. Por outro lado, devido à orientação em cascata e ao modelo de IC comum nas universidades públicas brasileiras, corre-se o risco de que o estudante sequer entenda seu projeto; e se não entende, não está apto a explicá-lo. Volto naquele questionamento anterior: “Qual o sentido de o estudante estar envolvido em um projeto que ele sequer entende?” Há um grande potencial no desenvolvimento da divulgação científica aí, e a própria universidade poderia pensar em outras formas de comunicação, por exemplo, nos Congressos de Iniciação Científica. Depende muito, também, do tipo de pesquisa que é desenvolvida. Há pesquisas que se aproximam muito mais dos interesses da sociedade e há outras que são muito específicas – o que dificulta ao estudante de IC traduzir esse conteúdo.
E. Qual o cenário sobre o entendimento do papel da Iniciação Científica na graduação?
L.M. Há estudos, mas eles são poucos, destaco, como o de Lucia Cristina da Cunha Aguiar, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que apresentam a orientação de projetos em cascata – um perfil comum nos programas de pesquisa no Brasil. Na prática, isso significa que é comum observar um pesquisador com pós-doutorado orientar outro no doutorado, um pesquisador no doutorado orientando um estudante de mestrado, e um estudante de mestrado orientando um estudante de IC. Proporcionalmente, orientar um estudante de IC é muito trabalhoso, principalmente se a opção é por um viés mais formativo, e não é isso que os docentes costumam priorizar. Sobre a autonomia do estudante na IC, há projetos em que os estudantes atuam meramente como técnicos de laboratório e outros em que ocorre a inserção do estudante por meio do projeto do grupo, denominado por Lívia Mathias Simão de Projeto Integrado - em detrimento de um projeto próprio, denominado Projeto Individual. São casos que podem dificultar que o estudante entenda mais profundamente aquilo que pesquisa. Já o orientador que não adota a orientação em cascata e o projeto integrado acaba se deparando com um processo mais trabalhoso. Isso por que, para um orientando de IC, o docente precisa ensinar muitas outras questões envolvidas na pesquisa, como normas da ABNT, o que é Currículo Lattes e a própria escrita científica. O economista brasileiro Cláudio Moura Castro defende que 50% do tempo da orientação concentra orientações sobre língua (estilo, clareza e adequação). Existe um investimento do orientador naquele processo e se ele não o enxerga como uma atividade formativa, não investe. Qual a publicação que será gerada de uma pesquisa de IC? Se o docente se envolver em um projeto de IC com potencial de publicação, talvez o estudante não consiga desenvolver devido à complexidade. Se a pesquisa for mais adequada para o discente, provavelmente não vai converter-se em um resultado original e publicável. Os orientadores acabam fazendo, portanto, escolhas. Talvez o que falte seja uma estrutura institucional, uma rede de apoio para o orientador nesses processos, por exemplo, contar com estrutura da biblioteca para ensinar sobre revisão bibliográfica, normas da ABNT, plágio, etc., assim como o apoio de outros docentes mais focados na parte da escrita. Nesse sentido, a IC seria mais eficiente. Tanto nas universidades públicas como nas privadas. Esses profissionais estão disponíveis. O problema é que, institucionalmente, essa rede de apoio não é mobilizada, faltam programas que orientem as capacitações.
Luciana Massi apresenta o livro Aprendizagens da Docência no Ensino Superior, organizado por ela e por José Guilherme da Silva Lopes, professor associado da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) / Imagem: arquivo pessoal
E. Essa distorção da finalidade da Iniciação Científica faz com que o estudante priorize a metodologia em detrimento da dedução, engessando seu desenvolvimento?
L.M. Isso vai ao encontro de um questionamento comum sobre o momento certo de um estudante de graduação ingressar na Iniciação Científica. Muitos autores defendem que a entrada antecipada pode ser uma faca de dois gumes. Por um lado, a chance de se envolver na pesquisa científica, se aprofundar e avançar são maiores. Por outro, se ele escolhe uma área específica para estudar logo cedo, a tendência é ele permanecer nessa linha ao longo de toda a sua jornada acadêmica, afastando-o da experiência com outras áreas. Se ele fica extremamente especializado perde a dimensão do todo.
E. Quais os mecanismos que as universidades dispõem, atualmente, para o enriquecimento da experiência na IC por estudantes e docentes?
L.M. O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) surge na década de 1980 como grande incentivador das bolsas de IC nas universidades. Porém, o programa obriga apenas que a instituição tenha um processo seletivo para a distribuição das bolsas, organize eventos de divulgação dos resultados das pesquisas e que os discentes produzam relatórios. Isso faz com que cada orientador conduza o processo de pesquisa de uma forma completamente diferente e individualizada. Desde esses modelos de orientação em cascata até os projetos integrados, o que provavelmente, para o estudante, vai ter uma contribuição formativa mínima, dado que executará funções meramente técnicas, sendo acionado quase que como um funcionário, até esses modelos que exigem todo um investimento de ensino global, que o orientador tenha que fazer sozinho, meu questionamento é esse: “por que não há uma regulamentação, um acompanhamento da orientação mais precisa pela universidade?” Ninguém se forma para ser orientador; e talvez esse mesmo docente não perceba o potencial formativo da orientação de Iniciação Científica. Como cobrar isso dele, então? Institucionalmente, poderiam ser criados mecanismos não de avaliação, punição e controle, mas de suporte e de acompanhamento. Resultados da pesquisa de Jamile Cristina Ajub Bridi, conduzida na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), revelam que, entre 400 estudantes avaliados, 53,8% já experimentaram algum tipo de decepção na IC, sendo com o orientador a mais frequente (17,7%). Temos que tomar cuidado, no entanto, para não demonizar os orientadores, que estão executando uma tarefa para a qual não foram formados, ao que se soma sua disponibilidade cada vez menor e a falta de suporte institucional organizado.
E. Como você analisa a influência da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão no desenvolvimento da IC?
L.M. A Iniciação Científica começou logo após a criação das primeiras universidades no Brasil. O Cnpq foi um dos principais órgãos que estimulou a criação da Iniciação Científica e a oferta de bolsas remonta a 1963, um modelo fortalecido após a instituição do Pibic na década de 1980. O aumento do número de bolsistas veio acompanhado da assimetria na distribuição de bolsas e no incentivo à pesquisa pelo país. Excetuando-se São Paulo, onde a presença da Fapesp é muito forte, os outros estados contam com poucas bolsas das FAPs, dependendo muito mais do Cnpq como órgão de fomento, embora a Iniciação Científica se expanda e abranja hoje, inclusive, estudantes de ensino médio. Com a adoção da indissociabilidade, a partir da Lei da Reforma Universitária de 1968, houve um fortalecimento da pesquisa nas universidades. Parece-me que, nas universidades públicas, essa questão está bem resolvida, mas, por outro lado, há uma dimensão da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão não tão presente. A ideia inicial era que a pesquisa se tornasse objeto de ensino e se transformasse em uma ação de extensão. Esse modelo funciona se o que eu pesquiso for, necessariamente, aquilo que eu ensino e levo à população.
Mas volto ao questionamento: todas as pesquisas têm condições de atender a esse critério? Há pesquisas necessárias que nem sempre possuem implicações diretas na sociedade, nem precisam ser objeto de ensino na graduação, por exemplo. Tratam-se dos estudos mais teóricos ou aprofundados sobre um tema específico, que podem chegar à sociedade - porém, não de forma imediata.