Dando continuidade à tarefa do minicurso, oferecido no ano de 2017, de pensar os entrelaçamentos entre romance, ensaio e autobiografia, coloca-se em discussão obras que, de modo oblíquo, trazem para a cena as próprias aflições da forma quando a tarefa é representar uma experiência dolorosa e/ou um acontecimento histórico. A figuração da experiência se faz não através de um binarismo entre obra e não-obra, entre a literatura e a filosofia e aquilo que não seria mais nem literatura e nem filosofia, mas, sim, através de procedimentos estéticos rigorosos, o que é bem diferente de uma redução ao informe. Não esquecendo que é na forma que se forja um novo modo de dizer Eu, afastando-o das dimensões da identidade e, talvez, realizando um trabalho de luto.