Unifesp realiza palestra para tirar lições após tragédia de Capitólio

Evento gratuito e aberto ao público abordará a necessidade de mapeamento e monitoramento de turismo em áreas de risco como a de MG e suas implicações em questões econômicas e sociais

Por Denis Dana

PalestraCapitólio portal

Toda tragédia traz aprendizados e no caso do acidente que causou a morte de 10 pessoas após o desprendimento de uma grande parede de rocha em Capitólio (MG), enquanto Marinha e outros órgãos investigam o que de fato aconteceu, uma das grandes lições que fica é a necessidade de gestão interdisciplinar em rotas de roteiros turísticos como essa em Minas Gerais. Isso significa que passeios que, por exemplo, envolvem aspectos geológicos, devem ser acompanhados de perto de informações científicas e ter o respaldo técnico para que possam ocorrer sem riscos. É pensando nesse tipo de aprendizado que a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) realizará, no próximo dia 25 de janeiro, a palestra Colapso Estrutural de Rochas por Intemperismo nos Canyons de Capitólio/MG.

O evento, que será gratuito, virtual e aberto ao público em geral, vai abordar os aspectos de metodologia destinada ao mapeamento cartográfico digital associado ao risco geológico, com foco no episódio ocorrido no município de Capitólio (MG). Explicações técnico-científicas serão dadas, bem como a visão ampliada de implicações no turismo regional e em questões econômicas e sociais.

“A tragédia em Minas nos mostra mais uma vez a necessidade de se ampliar conhecimentos sobre esses aspectos da dinâmica do planeta e do cuidado do seu uso, em especial intemperismo sobre as rochas que possuem características físicas diferentes e resistências a chuva, vento e outras peculiaridades. Utilizaremos esse triste episódio para também esclarecer sobre gestão de turismo em ambientes naturais”, destaca Gilberto Pessanha Ribeiro, professor do Instituto do Mar (IMar/Unifesp) e coordenador do Observatório da Dinâmica Costeira da Unifesp. Ele, juntamente com João Wagner de Alencar Castro, professor e geólogo do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), apresentará a palestra, que será seguida por debate com os participantes.

Para Ribeiro, “o mapeamento e monitoramento de áreas de risco em aplicações no turismo contemplativo não é somente necessário e obrigatório, como também poderia acontecer com apoio da população local. Como exemplo, pode-se criar projetos com esse propósito e que recebam o suporte de universidades públicas que possuam competências nesses temas. Uma força coletiva que poderia garantir mais segurança e proteção nesses locais turísticos”.

A palestra Colapso Estrutural de Rochas por Intemperismo nos Canyons de Capitólio/MG é um evento de extensão de curta duração (total de 2h), organizado pelo Observatório da Dinâmica Costeira e pelo Núcleo de Mapeamento Digital e Formas de Uso dos Territórios do Campus Baixada Santista da Unifesp, em parceria com o campus Zona Leste.

Interessados em participar podem fazer inscrição neste link.

Lido 2173 vezes Última modificação em Terça, 25 Janeiro 2022 07:17

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