No último dia 6 de fevereiro, a reitora da Unifesp, Soraya Smaili, se reuniu com o ministro da Educação, Cid Gomes, no prédio da reitoria da universidade. Na ocasião foram apresentados o histórico e cenário atual da Unifesp, bem como o projeto de expansão e melhorias necessárias. Além disso, foi dado um panorama geral do Hospital São Paulo, único hospital universitário de portas totalmente abertas à população, e foram mostrados os projetos de modernização e as obras já em andamento.
Durante o encontro, Soraya apresentou os desafios imediatos de diversos campi, alguns dos quais dependem de investimentos do Ministério da Educação. Um deles é o Campus Baixada Santista, onde há a necessidade da construção de unidade para substituir prédios alugados, além da finalização da compra do edifício que abrigará o Instituto do Mar, cujo capital necessário estimado é de R$ 18 milhões. Em Osasco, são necessários R$ 20 milhões em investimentos. Está prevista, ainda para este ano, a construção do bloco I da unidade Quitaúna, que será erguida em um terreno de 210 mil m2, cedido pela prefeitura, e possui projeto urbanístico e executivo que prevê a construção do primeiro prédio, creche e moradia estudantil. Já o Campus Diadema, para alcançar o objetivo de crescimento da graduação e pós-graduação, serão necessários R$ 15 milhões, que serão investidos na construção dos três primeiros prédios, já licitados.
Em relação ao Hospital São Paulo - Hospital Universitário, o investimento necessário é para a execução de projetos, bem como obras em andamento, que objetivam a recuperação de estruturas, novo hospital (municipal) e a construção da segunda e terceira unidades do HU (em execução e em projeto, respectivamente). A finalização destas obras beneficiará muito a população, atendida pelas unidades do hospital. O valor solicitado para a realização dessas obras é de R$ 10 milhões.
Soraya falou sobre o projeto de construção do Campus Zona Leste da Unifesp, cujo terreno para a implantação foi desapropriado pela prefeitura de São Paulo e cedido à universidade. Após finalizada, a unidade deve receber cerca de 5 mil alunos, iniciativa que vem ao encontro do objetivo do Ministério de Educação de aumentar o número de vagas em universidades públicas, que hoje corresponde a apenas 12% das oportunidades oferecidas pelo ensino superior no Brasil.
O ministro salientou que, em apenas cinco semanas desde a sua posse, ele assumiu o compromisso pessoal de incluir em sua agenda visitas a instituições públicas em todos os Estados, com o objetivo de conhecer pessoalmente as demandas das universidades e institutos federais. Desta forma, ele conhecerá a realidade e necessidade de cada uma delas e, com isso, poderá diagnosticar as medidas que precisam ser adotadas com maior agilidade e as que necessitam de cuidados prioritários. Mas finalizou dizendo que, por conta do atual cenário econômico, será um ano bastante difícil, o que pode comprometer, em alguns casos, o investimento público. "Compreendo as necessidades apresentadas pela Unifesp, mas haverá batalhas duras para a pré-autorização de verbas e liberação de recursos. Mas sei que, coletivamente, conseguiremos melhorar a educação no país", completou o ministro Cid Gomes.