Foi inaugurado na última quinta-feira (26), no prédio do Departamento de Diagnóstico por Imagem (DDI) da Unifesp, o novo laboratório multiusuário de ressonância magnética. Custeado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o conjunto composto por sala e equipamento será capaz de gerar alto campo magnético de 3 teslas, o dobro do que era possível com o aparelho antigo, tornando viável o avanço de pesquisas na área de diagnóstico clínico, além da posterior otimização do atendimento a pacientes do Hospital Universitário – Hospital São Paulo.
Henrique Carrete Jr., médico radiologista na Escola Paulista de Medicina (EPM) e chefe da Coordenadoria de Ressonância Magnética, explica que o método retrata imagens de órgãos do corpo humano em tempo real, através da utilização de campo magnético e bobinas especiais. Com a nova máquina, será possível captar imagens em 3D e 4D, utilizando tecnologias de fibras óticas. “O campo gerado pelos equipamentos utilizados até então é de 1,5 tesla, o que resulta em diagnósticos pouco precisos. Uma instalação deste porte viabiliza a obtenção de dados mais precisos em um tempo menor: os atuais resultados demoram de 20 a 30 minutos, mas agora espera-se que os resultados possam ser obtidos no máximo em 10 minutos”.
Outra perspectiva apontada por Carrete é o avanço na pesquisa do sistema nervoso central com base na ressonância magnética funcional. “O paciente voluntário faz um movimento, e imediatamente é identificada no cérebro a área responsável por ele. Como um campo de 3 teslas permite uma resolução maior e oferece resultados mais precisos por meio de softwares próprios para análise bioquímica, poderemos identificar estruturas anatômicas abaixo de 2 mm e avaliar mais de perto o que acontece no tecido nervoso”.
A Pró-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa, Maria Lúcia Formigoni, presente na cerimônia de descerramento da placa de inauguração do laboratório, ressalta que a vinda do laboratório foi uma soma de esforços dentro da universidade. “É uma grande oportunidade para que a pesquisa não tenha que competir com as necessidades dos pacientes. A sua utilização será definida posteriormente, de modo a permitir maior transparência das demandas de pesquisa, por um comitê de gestão eleito, cujos representantes incluem membros da pós-gradução de radiologia, do DDI, da pró-reitoria de pós-graduação e pesquisa, de docentes e discentes indicados pelo conselho de pós-graduação e pesquisa, da câmara de pós-graduação da EPM, da câmara de pós-graduação da Escola Paulista de Enfermagem (EPE), de representantes da Diretoria Clínica do Hospital São Paulo, além de um representante dos técnicos administrativos do corpo de funcionários”.
Além de Maria Lúcia Formigoni, compareceram ao evento a reitora da Soraya Smaili; a Diretora Acadêmica do Campus São Paulo Rosana Fiorini Puccini; o Diretor da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, Antonio Carlos Lopes; e o professor Adjunto do Departamento de Pediatria da Unifesp, Rudolf Wechsler.