Por Daniel Patini
Professor Edgard Freire em sua rotina de treinos
No domingo (24/7), o biomédico e professor da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp) Edgard Freire participou do revezamento da tocha olímpica em São Paulo, juntamente com a sua esposa. O casal percorreu um trecho de 400 metros na Rua Sena Madureira, a partir do cruzamento com a Rua Marselhesa.
Eles foram escolhidos para participar desse momento histórico devido às suas histórias no atletismo brasileiro. Em 1954, Freire conquistou o 2º lugar na Corrida Internacional de São Silvestre e participou dos Jogos Pan-Americanos no México no ano seguinte. Além disso, tornou-se recordista brasileiro na prova dos cinco mil metros ao finalizá-la em menos de 15 minutos.
Já a sua esposa, Deise Jurdelina de Castro Freire, participou dos Jogos Olímpicos de 1952 realizados em Helsinque, na Finlândia, e também dos Jogos Pan-Americanos, no México, em 1956.
“Sinto-me honrado em poder participar desse momento tão importante”, relata o professor, que considera o esporte como fundamental para a saúde. Atualmente, aos 85 anos, ele treina quatro vezes por semana. “Não pratico mais para competir e ganhar, e sim por prazer”.
Freire diz que já conquistou tudo o que queria em sua vida, principalmente nos estudos e no esporte. “Não posso me queixar de nada. Só tenho que agradecer”.
Sua história na EPM/Unifesp
Aos 16 anos, em 1947, Edgard Freire começou a trabalhar como faxineiro na Escola Paulista de Medicina. Em 1952, tornou-se técnico de laboratório. Aos 43 anos, começou a cursar Ciências Biomédicas na Organização Santamarense de Educação e Cultura (Osec), atual Unisa.
Depois de formado, em 1979, inscreveu-se no mestrado da EPM. Durante esse período, foi convidado a lecionar Fisiologia nos cursos de graduação da escola. Apesar de estar aposentado desde 1993, continua na atividade. Hoje está na Divisão de Gestão Ambiental do Campus São Paulo.
Professor Edgard recebe a tocha de sua esposa, Deise Jurdelina de Castro Freire (Créditos: Rio 2016)