Terça, 30 Agosto 2016 09:59

Atletas brasileiros preparam-se para os Jogos Paralímpicos Rio 2016

Seleção paralímpica de halterofilismo está na disciplina de Medicina Esportiva da EPM/Unifesp fazendo aclimatação para a competição, que começa em 7 de setembro
 
Foto de Bruno Carra, atleta da seleção brasileira paralímpica de halterofilismo, durante treinamento
Bruno Carra, atleta da seleção brasileira paralímpica de halterofilismo, durante treinamento

Por José Luiz Guerra

A disciplina de Medicina Esportiva do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (DOT/EPM/Unifesp) e o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), por meio do Centro de Referência em Desenvolvimento de Halterofilismo de São Paulo (CRD/SP) recebem, até o dia 31 de agosto, os atletas da seleção brasileira paralímpica de halterofilismo, visando à participação nos Jogos Rio 2016, que acontecem de 7 a 18 de setembro. Essa é a última semana de treinos da equipe antes do embarque para os jogos.

Durante a semana, a equipe fará os treinos nas dependências da Unifesp, além de passar por acompanhamento médico, psicológico, fisioterapêutico e nutricional. Os atletas que compõem a equipe são: Bruno Pinheiro Carra, Evânio Rodrigues da Silva, Márcia Cristina de Menezes, Mariana D’andrea e Terezinha Mulato dos Santos. Bruno Carra, atleta da categoria de até 54 quilos, treina para melhorar sua melhor marca na carreira, quando levantou 161 quilos e elogia a estrutura oferecida. “Temos uma estrutura muito grande aqui, inclusive em relação aos exames preventivos que nós podemos fazer. É algo muito bom, pois além de termos toda a parte de treinamento, há esse algo a mais que não temos normalmente nos nossos centros de treinamentos”.

O atleta egípcio Sherif Othman, bicampeão paralímpico e mundial da modalidade, também está treinando no local. Competindo pela categoria de até 59 quilos, ele é detentor do recorde mundial, ao levantar 210,5 quilos. Othman afirma que sempre prefere treinar no país que sedia a competição que irá disputar. “Tento adaptar-me ao clima e ao fuso horário local”, explica o atleta, que está no Brasil desde maio.

A seleção brasileira paralímpica de halterofilismo já conquistou, entre outras premiações, medalhas de ouro e bronze na Copa do Mundo de Halterofilismo Paralímpico de 2016, no Rio de Janeiro, e ouro nos Jogos Parapanamericanos de Toronto, em 2015 e busca sua primeira medalha em jogos paralímpicos. Murillo Spina, técnico responsável pelo CRD/SP e que acompanha os trabalhos da seleção, acredita que a equipe tem boas chances de conseguir medalhas nos jogos Rio 2016. “Estamos em um momento de renovação da seleção, com uma mescla de atletas veteranos e jovens, alguns deles que fizeram uma boa participação na última competição de jovens em 2015, e a mistura está dando à seleção uma cara nova e um amadurecimento bem importante”.

Segundo Benno Ejnisman, chefe da disciplina de Medicina do Esporte do DOT/EPM/Unifesp, os atletas paralímpicos receberão tratamento clínico, preventivo, de reabilitação e cirúrgico, se for o caso. “Grande parte dos médicos e fisioterapeutas daqui estiveram na cobertura das Olimpíadas, ou como membros das confederações ou na cobertura do evento, dando suporte para equipes que não possuem corpo clínico”, explica.

A disciplina de Medicina Esportiva do DOT/EPM/Unifesp, funciona dentro do Clube Escola Unifesp, que é uma parceria da instituição com a Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação da Prefeitura de São Paulo. Os treinamentos ocorrem na Rua Estado de Israel, nº 636, Vila Clementino.

 

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