Unifesp participa de cruzeiro científico na costa amazônica
Pesquisadores de seis instituições brasileiras analisaram o sistema recifal da Margem Equatorial, entre os estados do Amapá e Maranhão
A Unifesp, junto com outras cinco instituições brasileiras (UFRJ, UFES, UFRRJ, INPE e JBRJ), embarcou em uma expedição científica na Margem Equatorial, localizada entre os estados do Amapá e o Maranhão. Realizado em parceria com a Woods Hole Oceanographic Institution (Estados Unidos), o cruzeiro percorreu mais de quatro mil quilômetros durante 15 dias. Os pesquisadores navegaram no navio oceanográfico Alucia e foram acompanhados por um oficial da Marinha do Brasil.
O objetivo da expedição foi adquirir dados geofísicos, físico-químicos, biológicos e radiométricos da região do sistema recifal da foz do Amazonas. Foram feitas também observações, por mais de 20 horas, a bordo de dois submersíveis, em profundidade de até 400 metros. “Ter a oportunidade de levantar dados inéditos sobre a biodiversidade marinha da costa amazônica foi uma experiência singular”, declara Fabio Motta, professor do Laboratório de Ecologia e Conservação Marinha (LabecMar) do Departamento de Ciências do Mar da Universidade Federal de São Paulo (DCMar/Unifesp) - Campus Baixada Santista.
Coleta de água na pluma do amazonas. Na foto, professor da Unifesp, Fabio Motta, de pé.
Dentre os principais resultados está a caracterização de vales e cânions ainda não mapeados, registros de esponjas e peixes desconhecidos na região, estudos do plâncton associado à mistura das águas do mar e do rio, imageamento das bioconstruções carbonáticas e algas calcáreas e a caracterização bio-óptica do local. As ações foram complementadas por imagens de satélites recebidas no navio em tempo real. As informações encontradas contribuirão nos estudos sobre a estrutura dos recifes e das comunidades biológicas a eles associados. De acordo com Rodrigo Moura, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenador da expedição, “os dados obtidos alteram significativamente a visão que tínhamos sobre a Margem Equatorial, e trarão elementos importantes para subsidiar medidas para sua conservação e manejo”.
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