Terça, 15 Agosto 2017 14:17

Unifesp participa de cruzeiro científico na costa amazônica

Pesquisadores de seis instituições brasileiras analisaram o sistema recifal da Margem Equatorial, entre os estados do Amapá e Maranhão

A Unifesp, junto com outras cinco instituições brasileiras (UFRJ, UFES, UFRRJ, INPE e JBRJ), embarcou em uma expedição científica na Margem Equatorial, localizada entre os estados do Amapá e o Maranhão. Realizado em parceria com a Woods Hole Oceanographic Institution (Estados Unidos), o cruzeiro percorreu mais de quatro mil quilômetros durante 15 dias. Os pesquisadores navegaram no navio oceanográfico Alucia e foram acompanhados por um oficial da Marinha do Brasil.

O objetivo da expedição foi adquirir dados geofísicos, físico-químicos, biológicos e radiométricos da região do sistema recifal da foz do Amazonas. Foram feitas também observações, por mais de 20 horas, a bordo de dois submersíveis, em profundidade de até 400 metros. “Ter a oportunidade de levantar dados inéditos sobre a biodiversidade marinha da costa amazônica foi uma experiência singular”, declara Fabio Motta, professor do Laboratório de Ecologia e Conservação Marinha (LabecMar) do Departamento de Ciências do Mar da Universidade Federal de São Paulo (DCMar/Unifesp) - Campus Baixada Santista.

Coleta de agua na pluma do amazonas
Coleta de água na pluma do amazonas. Na foto, professor da Unifesp, Fabio Motta, de pé.

Dentre os principais resultados está a caracterização de vales e cânions ainda não mapeados, registros de esponjas e peixes desconhecidos na região, estudos do plâncton associado à mistura das águas do mar e do rio, imageamento das bioconstruções carbonáticas e algas calcáreas e a caracterização bio-óptica do local. As ações foram complementadas por imagens de satélites recebidas no navio em tempo real. As informações encontradas contribuirão nos estudos sobre a estrutura dos recifes e das comunidades biológicas a eles associados. De acordo com Rodrigo Moura, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenador da expedição, “os dados obtidos alteram significativamente a visão que tínhamos sobre a Margem Equatorial, e trarão elementos importantes para subsidiar medidas para sua conservação e manejo”.

*Fotos: Fernando Moraes/Rede Abrolhos

Lido 9019 vezes Última modificação em Terça, 23 Abril 2019 20:08

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