A equipe do Memorial Digital do Refugiado (MemoRef) organizou, na terça-feira (24/4), um evento de lançamento das atividades do projeto no Campus São Paulo. Idealizado e coordenado por estudantes da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH/Unifesp) - Campus Guarulhos, ele tem como carro-chefe o curso de Português como Língua de Acolhimento com orientações pertinentes aos direitos dos refugiados/imigrantes, além da promoção do intercâmbio de culturas e a organização do Memorial Digital do Refugiado, com relatos e narrativas dos estudantes.
O evento, que ocorreu no anfiteatro da Reitoria da Unifesp, foi aberto pela vice-coordenadora do projeto Mylena Vieira, que anunciou os convidados que compuseram a mesa de abertura: a estudante da Unifesp, idealizadora e coordenadora do projeto, Marina Reinoldes, a chefe de gabinete Andrea Rabinovici, representando a reitora Soraya Smaili, o pró-reitor de Assuntos Estudantis, Anderson Rosa, a pró-reitora de Extensão e Cultura, Raiane Assumpção, e a coordenadora da Caritas Arquidiocesana de São Paulo, Maria Cristina Morelli. Expuseram durante suas falas a importância e apoio ao trabalho realizado pelo programa e celebraram a extensão para o Campus São Paulo.
Após o término da mesa, foi realizada uma roda de conversa com ex-alunos e parceiros do MemoRef, Abdulbaset Jarour, Jhan Perdomo, Yilmary Carolina de Perdomo, Juanita Hernandez Solano e Moussa Diabate, os quais partilharam sobre suas trajetórias e percalços durante saída de seus países de origem até o estabelecimento no Brasil. O encerramento do evento ocorreu com o sarau que contou com as apresentações do cantor Sírio Abdulbaset. O ator democrata-congolês Tresor Muteba protagonizou um monólogo intenso sobre as agruras de ser um refugiado, comovendo a todos. Já colombiana Juanita Hernandez Solano recitou o poema chamado “No me llames extranjero”, e o grupo das dançarinas do Palanca Negra brindaram a noite com a performance de dança angolana.
As aulas do MemoRef no Campus São Paulo iniciarão oficialmente no dia 8 de maio de 2018. A turma já conta com vinte estudantes em situação de refúgio.
Fotos: Lucas Ohashi