Por Guilherme Pera, do Portal MEC
(Foto: Alex Reipert)
Unir eficiência no atendimento à população e melhoria nas condições de ensino e pesquisa na área de saúde. É isso que o novo Hospital Universitário 2 (HU2), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), vai proporcionar. Em construção durante três anos e pronto desde o início do ano, a unidade começará a funcionar devido a um repasse do Ministério da Educação (MEC), no valor de R$ 900 mil.
Com a destinação, que será dividida em três parcelas de R$ 300 mil, vai ser possível abrir consultórios ginecológicos da ala chamada “Andar da Mulher” que farão, em média, dez mil atendimentos por mês, segundo a Unifesp.
“Esse valor [R$ 900 mil] vai se somar aos R$ 65 milhões já investidos anteriormente na obra. Faltava um investimento final para início das atividades, e acabou de ser viabilizado”, disse o ministro da Educação, Abraham Weintraub.
Com 120 consultórios, 25 leitos de internação, sete leitos de recuperação pós-anestesia e seis salas cirúrgicas, serão realizadas consultas e procedimentos de pequeno porte para identificar problemas hormonais, câncer e endometriose, por exemplo. Além disso, grávidas poderão fazer ultrassom e pré-natal.
Para a reitora da Unifesp, Soraya Smaili, a unidade vai ajudar o Sistema Único de Saúde (SUS) na medida em que pretende desafogar hospitais maiores, como o Hospital São Paulo, quando estiver em pleno funcionamento. “Para atender pequenos procedimentos não é preciso ir a um hospital de grande porte, que precisa atender casos mais graves e fica cheio. Essas pessoas podem ser atendidas em uma estrutura de hospital dia. Foi o que criamos”, explicou.
Além de oferecer atendimento clínico, o hospital funcionará como uma extensão do ensino de alunos do curso de Medicina da universidade. Os atendimentos médicos poderão ser feitos por residentes, assistidos por médicos já formados. Também será uma oportunidade para pesquisas na área da saúde. “Os investimentos retornam para a população em assistência e ensino. É um jogo que todo mundo ganha”, afirmou a reitora.
Recursos — A unidade começou a ser construída em 2015. Para iniciar os atendimentos à população, no entanto, a Unifesp precisava dos recursos para cobrir as primeiras despesas de custeio, como serviços de manutenção, segurança, limpeza, entre outros.
O apoio inicial do MEC também contou com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Os recursos iriam inicialmente para a rede hospitalar pública, ligada ao ministério, que conta com 40 hospitais pelo Brasil. O HU2 não faz parte da lista. Mesmo assim, a estatal abriu mão da verba para dar condições ao funcionamento do hospital da Unifesp.
O novo hospital concentrará serviços que hoje estão espalhados por 20 imóveis alugados. Na primeira etapa de funcionamento, três já terão os contratos de aluguéis cancelados. “Nós vamos ter mais eficiência no atendimento, economizar com os aluguéis e proporcionar ensino de qualidade para estudantes e residentes”, disse Soraya.