Por Paula Garcia
Foto: Facebook CAAF
A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) estabeleceu uma parceria com o Instituto Galo da Manhã, para o biênio 2020/2021, objetivando o fortalecimento e a ampliação das ações do Centro de Antropologia e Arqueologia Forense (CAAF), no que diz respeito a construção e a divulgação do conhecimento sobre as violações de direitos humanos, a partir da Antropologia Forense, contribuindo com a defesa da vida e o aprimoramento da democracia.
O CAAF foi criado em 2014 por demanda dos familiares de mortos e desaparecidos políticos da ditadura, em um acordo de cooperação técnica, firmado entre a Unifesp, a Prefeitura de São Paulo e o Ministério dos Direitos Humanos, para a formação do Grupo de Trabalho Perus (GTP), que conta com uma equipe forense multidisciplinar para analisar e identificar os remanescentes ósseos da Vala de Perus.
“A parceria da universidade com o instituto visa também contribuir para a consolidação da Antropologia Forense no Brasil como área de conhecimento voltada para a defesa dos direitos humanos por meio do desenvolvimento de metodologias, análises e protocolos que subsidiem a formação de profissionais, a atuação de familiares de vítimas e ativistas, apostando no potencial criativo, inovador e propositivo do encontro entre as práticas sociais, os saberes populares, a elaboração teórica, a formulação de análises, protocolos e materiais para a promoção dos direitos humanos”, explica Raiane Assumpção, pró-reitora de Extensão e Cultura e coordenadora do projeto.
O convênio também prevê ações com o Instituto de Estudos Avançados e Convergentes (IEAC) e com a Cátedra Edward Saïd para formação e divulgação científica a partir de uma perspectiva transdisciplinar, com a promoção de seminários temáticos e workshops sobre temas inéditos na perspectiva da defesa da vida.
Sobre o Galo da Manhã
O Instituto Galo da Manhã é uma associação de direito privado, sem fins lucrativos, que tem entre suas finalidades básicas a promoção da educação, da cidadania, do desenvolvimento econômico e social, dos direitos humanos e o combate à pobreza e à desigualdade social. Suas atividades buscam apoiar e/ou patrocinar, direta ou indiretamente, projetos que atuem nessas frentes, além de prestar serviços à comunidade sob a forma de cursos, palestras, seminários e exposições.