Por Daniel Patini
A venezuelana Jhosley recebeu duas próteses do Programa Mao3D da Unifesp (Imagem: divulgação)
O projeto Próteses 3D para mulheres sobreviventes de violência doméstica, acidentes e tratamentos de câncer no Brasil foi um dos 20 contemplados pelo Programa Gendered Design in STEAM (GDS) da Universidade Carleton (Canadá). Liderado pela docente Maria Elizete Kunkel, do Instituto de Ciência e Tecnologia (ICT/Unifesp) - Campus São José dos Campos, o trabalho reúne também pesquisadores da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e da própria Universidade Carleton.
"Com o recurso da premiação será possível produzir e doar 50 próteses personalizadas feitas com a tecnologia de impressão 3D para mulheres de baixa renda com deficiências causadas por violência doméstica, acidentes ou tratamento de câncer", relata Kunkel. As próteses, que incluem membro superior, nariz, orelha e mama, irão melhorar a qualidade de vida dessas mulheres de muitas formas: inclusão social, autoestima, confiança e independência. O projeto é fruto de pesquisas anteriores realizadas no Programa Mao3D da Unifesp e de dois projetos do Programa de Mestrado Profissional Interdisciplinar em Inovação Tecnológica (PIT) do ICT/Unifesp.
O Programa GDS é financiado pelo International Development Research Council (IDRC) e tem como objetivo incentivar inovações em ciência, tecnologia, engenharia, artes e matemática (STEAM, sigla em inglês), abrangendo os desafios enfrentados predominantemente por mulheres em países de renda baixa e média da África, Ásia e América Latina.