Unifesp recebe nota máxima em avaliação do IGC/MEC
Por José Luiz Guerra
A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) recebeu, pelo sétimo ano consecutivo, o conceito máximo (5) na avaliação do Índice Geral de Cursos do Ministério da Educação (IGC/MEC). Os resultados, divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), são referentes ao ano de 2019. Dentre as 2.070 instituições avaliadas, apenas 46 (2,22%) receberam a nota máxima, sendo que 12 delas são universidades federais.
O IGC/MEC reflete a avaliação dos cursos de graduação e dos programas de pós-graduação no período de três anos. No caso da Unifesp, para o cálculo do índice de 2019, entraram 37 cursos, todos os que foram avaliados pelo Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), promovido pelo Inep/MEC no triênio 2017-2018-2019. Dentre esses cursos, 35 deles obtiveram conceitos máximos no CPC (Conceito Preliminar de Curso), com notas 4 e 5. Para Isabel Quadros, pró-reitora de Graduação da Unifesp, os resultados demonstram a qualidade na formação dos(as) estudantes, nas diferentes áreas do conhecimento. "A integração e interlocução das diferentes instâncias envolvidas na graduação é fundamental para garantir as melhores oportunidades, com a indissociabilidade entre as atividades de ensino, pesquisa e extensão, com um papel fundamental das coordenações de curso, das câmaras de graduação, das secretarias acadêmicas e núcleos de apoio pedagógico de cada campus e unidade universitária".
Ainda segundo Quadros, a obtenção do conceito máximo no IGC/MEC é resultado de trabalho e esforço conjunto de toda nossa comunidade, incluindo um ótimo desempenho dos(as) estudantes no Enade, um corpo docente e técnico altamente qualificado e uma boa avaliação das condições institucionais, apesar das adversidades orçamentárias que todo sistema de educação federal vem sofrendo neste período. "Muito nos orgulha o desempenho dos nossos alunos e esperamos mostrar cada vez mais que na universidade pública, o que temos de mais importante são os recursos humanos, que são comprometidos, dedicados e fundamentais para que possamos formar nossos estudantes com a melhor qualidade possível", completa.
Já a pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisas da Unifesp, Lia Bittencourt, ressalta que o resultado alcançado pela Unifesp no IGC/MEC, no que se refere ao ensino de pós-graduação stricto sensu, se deve a uma trajetória e experiência bem estabelecida com reconhecimento nacional e internacional. "Atualmente com 71 Programas de Pós-Graduação stricto sensu (PPGs), compostos por 45 cursos de doutorado, 60 de mestrados acadêmicos e 10 de mestrados profissionais, a Unifesp vem, mesmo diante dos enormes de desafios mediante os cortes de bolsas na pós-graduação e de verba para a pesquisa, se mantendo no patamar da qualidade do ensino". Bittencourt aponta também que as matrículas na pós-graduação stricto sensu vem mostrando nos últimos anos um aumento, com redução na taxa média de evasão e na última avaliação quadrienal feita pela CAPES a Unifesp mantém um quadro de notas da pós-graduação significativamente superior à média nacional. " A Unifesp mantém 13,7 e 7% dos seus cursos de doutorado e 8,5 e 4% dos de mestrado com notas de 6 e 7 respectivamente, o que os caracterizam cursos de excelência, enquanto a média nacional para essa mesma faixa de excelência é de 6,8 % com nota 6 e 4,3% com nota 7".
Sobre o IGC/MEC
O IGC/MEC avalia a qualidade as instituições de educação superior (IES) e sua divulgação, apesar de acontecer anualmente, refere-se sempre a um triênio. O cálculo é realizado considerando a média dos últimos Conceito Preliminar de Curso (CPCs) dos cursos avaliados da instituição, ponderada pelo número de matrículas; a média dos conceitos de avaliação dos programas de pós-graduação stricto sensu atribuídos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), ponderada pelo número de matrículas; e a distribuição de estudantes entre os diferentes níveis de ensino, graduação e pós-graduação stricto sensu.
Já o CPC avalia os cursos de graduação, levando em consideração a avaliação de desempenho dos estudantes no Enade, além do valor agregado ao desenvolvimento dos estudantes concluintes (IDD), o perfil do corpo docente (titulação e regime de trabalho) e as percepções dos estudantes sobre a organização didático-pedagógica, infraestrutura e as oportunidades de ampliação da formação acadêmica e profissional.