Por Daniel Patini
Já se perguntou que tipo de substâncias têm nos seus produtos de cuidados com a pele? Como aquela pomada labial ou o creme para hidratar a pele que protege do frio e deixa sua pele macia? Você sabia que existem processos químicos por trás do cheirinho de um bolo assando e da cor da carne do churrasco? Essas e outras questões curiosas são abordadas no perfil Bioquimatch_Unifesp.
Resultado do projeto de extensão Instagram como recurso para popularização da ciência e capilarização da Bioquímica, realizado por alunos(as) e ex-alunos(as) da unidade curricular de Bioquímica Integrada dos cursos de Ciências Biológicas, Farmácia, Química e Química Industrial do Campus Diadema da Unifesp, a página busca mostrar o "encontro" da Biologia com a Química de forma descomplicada, sob a supervisão dos(as) docentes da disciplina.
A coordenadora do projeto, professora Giselle Zenker, explica que essa iniciativa tem como objetivo evidenciar a presença da Bioquímica nos diferentes aspectos dos processos químicos, na “Bioquímica Comparada” das diferentes espécies e ainda nas doenças, ações de fármacos e aspectos toxicológicos de medicamentos. Tudo isso, por meio de uma linguagem simples e motivadora, em diferentes formatos.
"Desde o início da pandemia, temos nos dedicado à realização de projetos de divulgação científica na disciplina. O resultado altamente satisfatório, o empenho dos(as) estudantes e a contribuição para seu aprendizado nos motivaram a transformar essas atividades em um projeto de extensão, cujo objetivo é informar e discutir temas atuais e avanços em diferentes áreas com aplicação bioquímica, por meio de um perfil no Instagram", detalha a docente.
"Informar e despertar a paixão pela ciência"
De acordo com Gabriel Trigo, estudante do curso de Química Industrial, essa abordagem de assuntos técnicos e do ambiente científico, por meio de um canal de divulgação mais popular, foi algo que sempre o interessou muito, principalmente, considerando a importância da divulgação científica frente ao atual cenário. "É interessante o desafio em aprender a lidar com as ferramentas das mídias sociais, a busca pelo engajamento dentro delas. Ao aprofundar nesses assuntos com os quais fazemos os posts nas redes, acaba também sendo um incentivo para aprender mais e estudar diversos assuntos da área da Bioquímica", declara.
"Acreditamos que o projeto, principalmente nos dias atuais onde temos muita desinformação nas redes sociais, veio para desmistificar assuntos, popularizar a ciência e torná-la acessível, saindo da bolha acadêmica e despertando o interesse das pessoas, que muitas vezes acham dificil as linguagens técnicas. Mas quando isso é colocado de forma simples e, porque não, com um pouco de humor, as pessoas demonstram mais interesse. E esse é nosso principal objetivo: informar e despertar a paixão pela ciência", conclui Natalia Ricci, aluna também de Química Industrial da Unifesp.