Por Paula Garcia
A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) deu um passo significativo rumo à promoção da equidade e inclusão em sua formação profissional. Foi aprovada uma resolução nos Conselhos de Assuntos Estudantis e Políticas Afirmativas e de Extensão e Cultura, que estabelece a implementação de ações afirmativas nos programas de residência médica e multiprofissional da instituição. As reuniões ocorreram, respectivamente, nos dias 14 e 16/05. A proposta foi aprovada previamente em 2023 pela Congregação da Escola Paulista de Medicina, responsável pela residência médica.
A partir dessa medida, os programas de residência médica e multiprofissional da Unifesp passarão a adotar reserva de vagas para ingresso de pessoas pretas, pardas e indígenas (PPI) e para pessoas com deficiência (PCD). A reserva de vagas será aplicada especialmente para o primeiro ano da residência, não exigindo que o(a) profissional tenha realizado estágio anterior como pré-requisito para o ingresso.
De acordo com os termos da resolução, o número de vagas oferecidas em cada programa de residência será fixado em seu edital correspondente, com observância de uma reserva de 20% para pessoas pretas, pardas ou indígenas, e outros 20% para pessoas com deficiência, sendo os 60% restantes destinados para ampla concorrência.
Os(As) candidatos(as) interessados(as) em concorrer às vagas reservadas para ações afirmativas deverão fazer essa opção no ato da inscrição, enviando os documentos comprobatórios conforme indicado no edital. O direito à respectiva vaga será aprovado pelas bancas de heteroidentificação e de análise dos laudos sobre deficiência, conforme expertise acumulada pela Unifesp nos últimos anos em outros processos seletivos na graduação, pós-graduação e concursos para servidores(as).
Segundo Anderson Rosa, pró-reitor de Assuntos Estudantis e Políticas Afirmativas, trata-se de um avanço histórico para Unifesp que possui os maiores programas de residência médica e multiprofissional do Brasil. As ações afirmativas para incluir mais profissinais negros(as), indígenas e com deficiência resultará na produção de tecnologias assistenciais e sociais de excelência e mais condizentes com a realidade e diversidade do povo brasileiro.