Atividade contou com workshops, feira de economia solidária e paineis de debate sobre Hip-Hop, Rock e Ciência
Escrito por José Luiz Guerra
Mesa de abertura da 1.ª edição do Fórum de Extensão e Cultura da universidade
A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) realizou, no dia 2/12, o I Fórum de Extensão e Cultura da Unifesp. O evento, que faz parte das atividades dos 30 anos da Universidade, reuniu docentes, servidores(as) técnicos(as) administrativos(as) em Educação e estudantes de graduação e pós-graduação dos campi da instituição e contou com uma programação composta por workshops, feira de economia solidária e paineis de debate sobre Hip-Hop, Rock e Ciência.
A mesa de abertura foi realizada no Teatro Marcos Lindenberg e contou com as participações da reitora, Raiane Assumpção, da pró-reitora de Extensão e Cultura, Debora Galvani, da pró-reitora adjunta de Extensão e Cultura, Gabriela Wagner, do diretor da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp), Magnus Régios Dias da Silva, e da diretora da Escola Paulista de Enfermagem (EPE/Unifesp), Janine Schirmer.
A diretora da EPE Janine Schirmer reforçou a importância da realização das ações de extensão
No início das falas, Janine Schirmer destacou a realização dos projetos de extensão da EPE/Unifesp desde a fundação da universidade, em 1994, até o presente momento, que marca os 30 anos da instituição, ressaltando, em especial a oportunidade de escuta e diálogo com a comunidade, propiciado por esses projetos, e que o evento tende a consolidar ainda mais esse processo. “Esse evento veio para consolidar a extensão na Unifesp. Temos aqui no nosso campus uma história muito longa em relação à extensão e a Escola Paulista de Enfermagem tem um apreço muito grande por essa atividade”, comentou.
Magnus Régios destacou em sua fala o histórico e trabalho da pró-reitoria de extensão
O diretor da EPM/Unifesp apontou o grande poder da extensão para a transformação social e que o evento é a consolidação da importância que a universidade pública tem para a sociedade. Magnus, que foi pró-reitor adjunto de Extensão e Cultura da Unifesp entre 2017 e 2021, ressaltou o processo de amadurecimento da extensão universitária na EPM/Unifesp e a mudança na concepção da extensão na unidade. Ele relembrou o histórico e enalteceu o trabalho dos(as) pró-reitores(as) de Extensão e Cultura desde a fundação da Unifesp, citando, Manuel Lopes dos Santos, primeiro reitor da Unifesp, mas que foi o último pró-reitor de Extensão da EPM, Walter Albertoni, Eleonora Menicucci, Florianita Campos, Raiane Assumpção e, atualmente, Débora Galvani, além de lembrar de projetos de extensão de destaque na instituição, como o projeto Xingu. Por fim, ressaltou que o fórum é um momento ímpar para a instituição. “É preciso que toda a prática profissional aqui iniciada tenha sentido para nossa sociedade. temos que nos desligar um pouco do projeto individual para pensar no projeto coletivo, o projeto de sociedade, de estado brasileiro renovável, assegurando os marcos que nos sustentam como universidade pública em defesa da democracia, do combate às desigualdades”, completou.
Gabriela Wagner, pró-reitora adjunta de Extensão e Cultura, agradeceu a presença do público
A pró-reitora adjunta de Extensão e Cultura, Gabriela Wagner, agradeceu a presença do público e o apoio recebido para a realização do evento, que integra a relação de ações em comemoração aos 30 anos da Unifesp. Ela convidou o público para participar das atividades realizadas ao longo do fórum. “Para nós é um orgulho poder iniciar esse ciclo itinerante de fóruns de extensão e cultura para a nossa universidade.
Debora Galvani falou dos principais desafios da gestão e do trabalho das Câmaras de Extensão e Cultura
“Realizamos esse nosso primeiro fórum, que marca os 30 anos da Unifesp, mas com desejo de que tenhamos vários outros, que possamos continuar fortalecendo esse espaço, com a proposta de construímos um espaço Itinerante, que se inicia no Campus São Paulo, e que circule pelos outros campi. Dessa forma, vamos construindo mais relações”, comentou a pró-reitora de Extensão e Cultura, Débora Galvani, que agradeceu a presença dos participantes e a todos(as) que colaboraram para a realização do evento. Ela ressaltou também o trabalho das câmaras de extensão e cultura (Caec) dos campi e unidades universitárias e falou dos principais desafios da gestão, tais como a importância de se discutir a avaliação dos indicadores, a inserção curricular da extensão e o impacto da extensão na evasão. Além disso, destacou a importância da realização do fórum, ação prevista no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) convidou os(as) presentes a participarem das atividades promovidas ao longo do dia.
A estudante Rose-Bertha Cadet conduziu a cerimônia de abertura
Completando a mesa, Raiane Assumpção agradeceu a estudante Rose-Bertha Cadet, do curso de Terapia Ocupacional do Instituto de Saúde e Sociedade (ISS/Unifesp) - Campus Baixada Santista, pela condução da cerimônia, além da presença (dos)das pró-reitores(as), diretores(as) de campus e de unidades acadêmicas, docentes, servidores(as) técnicos(as) administrativos(as) em educação e estudantes. A reitora relembrou do processo de transformação da Pró-Reitoria de Extensão em Pró-Reitoria de Extensão e Cultura, ocorrido durante a gestão de Florianita Campos e ressaltou que, ao promover a extensão, a universidade se coloca em um processo de construção do conhecimento e de diálogo muito forte com a comunidade dando, como exemplo o diálogo da universidade com movimentos sociais do Hip-Hop, que foi um dos temas de debate do evento.
A reitora falou sobre o papel da universidade no processo de construção do conhecimento e de diálogo com a comunidade
Em relação à curricularização da extensão, a reitora explicou que não se trata de, simplesmente, inserir disciplina de extensão no currículo, mas sim de promover um percurso no espaço da universidade, sendo reconhecida no mesmo patamar dos outros fazeres da instituição. “Isso vai fazendo com que, de fato a, nossa universidade possa cumprir com a sua missão institucional de produzir conhecimento, de formar pessoas, de possibilitar que ela se aproprie de determinados conhecimentos, pois só dessa forma que as pessoas vão ganhar autonomia e conseguir caminhar a partir de percursos que elas mesmas vão poder construir”. Raiane reforçou também que uma universidade só é socialmente referenciada quando ela se torna, de fato, referência para as pessoas. “A Unifesp, com 30 anos, chega na sua maturidade, trazendo elementos para poder fazer com que, de fato, sejamos cada vez mais reconhecidos socialmente e a extensão e a cultura possam estar de forma indissociável no fazer de cada um e cada uma de nós”, finalizou.
Público durante a abertura do I Fórum de Extensão e Cultura da Unifesp
Programação do evento
O I Fórum de Extensão e Cultura da Unifesp contou com uma programação variada ao longo de todo o dia. No período da manhã, foi realizado no Anfiteatro Mariana Fernandes, na Escola Paulista de Enfermagem, um workshop das câmaras de Extensão e Cultura dos campi e unidades universitárias da Unifesp, que contou com participação de representantes de cada um dos órgãos, que expuseram as principais atividades realizadas. O evento foi transmitido pelo canal da Proec no YouTube.
Itens da Feira de Economia Solidária
Já no período da tarde, ocorreu a Feira de Economia Solidária que contou com a participação de mais de 20 expositores(as). Também houve um debate sobre o Mapeamento da Diversidade da Cultura do Hip-Hop e a roda de conversa Ciência e Rock, com os temas: Paternalidade Inclusiva, que contou com a participação do vocalista do Dead Fish, Rodrigo Lima; Cuidados Paliativos, com o integrante da banda Sepultura, Andreas Kisser; e Rock e Saúde Mental, com a presença de Luka Salomão, psicóloga e locutora da Rádio 89 FM. A transmissão dessas atividades também foram realizadas por meio do Canal da Proec no YouTube, podendo ser assistidas neste link.
Fotos: Alex Reipert