Publicado em: 14/07/2016
Na esquina das avenidas Angélica e São João, em São Paulo.
Pintura feita por Sérgio Rossi em homenagem ao pai, falecido em 4 de maio de 2016.
Fonte: Núcleo Piratininga de Comunicação (disponível em: http://nucleopiratininga.org.br/waldemar-rossi-presente/)
Em 1.º de julho de 2016, três ambientes do Polo de Extensão e Cultura do Campus Zona Leste (planejado) foram inagurados homenageando lutadores, com a presença das respectivas famílias: Sala Zorilda Maria dos Santos, Sala Orisson Saraiva de Castro e Galeria Waldemar Rossi.
Waldemar Rossi
Nasceu em Sertãozinho, interior de São Paulo. Operário de destaque na Oposição Sindical Metalúrgica de São Paulo dos anos 1970 e 1980. Preso Político durante a ditadura militar, fundador da Pastoral Operária, foi escolhido para ser membro da Comissão de Justiça e Paz de São Paulo por Dom Paulo Evaristo Arns. Em 1980, na primeira visita do Papa João Paulo II a esta cidade, discursou representando os leigos e leigas católicos. Ultimamente a parceria com a Unifesp reconhecia seu trabalho na Escola de Cidadania do Belém, a Escola de Fé e Política “Waldemar Rossi”. Faleceu em 04 de maio de 2016.
Zorilda Maria dos Santos
Negra, nordestina, baiana nascida em Alagoinha, veio pra São Paulo aos 17 anos. Trabalhou como ambulante, e, em 1986, frequentou escola de adultos. Trabalhou em restaurante como auxiliar de cozinha, e, nessa época, foi para a região leste de São Paulo, onde se organizou com as famílias da Vila União e Burgo. Ocuparam o terreno que restara da creche da Ponte Rasa. Foi presidente da Associação Amigos de Ponte Rasa, do CONSABS, eleita por unanimidade, sempre na luta por moradia digna. Mãe de dois filhos, conviveu com as diferenças de classe. Mulher de luta. Faleceu em 2006.
Orisson Saraiva de Castro
Cearense de Canindé, nasceu em 1925. Na década de 1940, migrou para São Paulo e teve seu primeiro emprego industrial na fábrica Nitroquímica, no bairro de São Miguel Paulista. Fundou, em 1959, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo. Com o Golpe Militar de 1964, foi preso e passou para a clandestinamente. Nesse período, viveu exilado na Bolívia e no Chile, até o Golpe Militar de Augusto Pinochet, em 1973. Asilou-se, então, no Panamá e em Moçambique. Após a anistia de 1979, voltou a morar no Brasil, retornando para a Zona Leste de São Paulo. Viveu no bairro de Itaquera, bem perto da Arena Corinthians, time que também era sua paixão. Faleceu em 21 de julho de 2015.