A reitoria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e a direção da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH) realizaram na noite do último dia 29 de abril uma audiência pública no campus Guarulhos, em atendimento às reivindicações dos estudantes grevistas. A pauta principal do encontro foi a negociação da reitoria com a Empresa Metropolitana de Transporte Urbano (EMTU) acerca da melhoria das condições de transporte.
Estiveram presentes na audiência a reitora da Unifesp, Soraya Smaili, a pró-reitora de Assuntos Estudantis, Andrea Rabinovici, a pró-reitora adjunta de Assuntos Estudantis, Conceição Ohara, o diretor acadêmico do campus Guarulhos, Daniel Vazquez e sua vice, Marineide Gomes, a diretora do Escritório Técnico de Apoio à Gestão e Assuntos Estratégicos, Tania Mara e o assesso de gabinete, Javier Amadeo.
Na abertura da audiência, a reitora posicionou os alunos sobre as últimas reuniões com a EMTU, que delimitaram as linhas e trajetos a serem reforçadas. “Conseguimos um reforço de 25 ônibus em linhas já existentes, superando até o número de veículos da Ponte Orca”. Soraya falou também sobre a concessão dos passes livres para os estudantes. “Vamos tentar atender a todas as solicitações, mas precisamos que vocês nos avisem sobre as necessidades”.
Após a fala inicial da reitora, os alunos expuseram outros pontos de reivindicações, dentre os quais estavam o reajuste dos auxílios estudantis, transparência nas contas, assédio moral contra os grevistas, vagas em creches, fim dos processos contra os alunos, implantação de uma faixa de pedestres e de um ponto de ônibus próximos à unidade provisória e a construção de uma quadra poliesportiva no novo edifício dos Pimentas.
Andrea Rabinovici falou sobre as verbas destinadas ao auxílio estudantil e negou que houve corte. Segundo ela, a verba é insuficiente. “Focamos nos subsídios de moradia, alimentação e creche e por ele ser aquém do que precisamos, devemos racionalizar”.
Sobre a transparência nas contas, Daniel Vazquez explicou que o relatório de gastos de 2013 foi disponibilizado na página do campus e o mesmo deve acontecer com o de 2014. A respeito da implantação de uma quadra no prédio dos Pimentas, o diretor afirmou que há a necessidade de se fazer um estudo para a implantação. “O projeto original do edifício acadêmico é de 2007 e não podemos fazer alterações sem que antes haja um estudo”. Em relação as moradias estudantis, o diretor ressaltou que a instituição aguarda a indicação de terreno pela prefeitura para o início dos trabalhos de projetos.
No fim da audiência, a reitora afirmou está à disposição dos estudantes para dialogar e fez um apelo para que haja o trabalho conjunto. “O que é da nossa alçada, estamos fazendo e esperamos que possamos ter confiança uns nos outros durante esse processo. Temos o maior respeito por vocês, pois a universidade não existe sem os estudantes”, concluiu Soraya.