Quinta, 03 Setembro 2015 11:38

Unifesp sedia evento de lançamento do Lab-MDH

Encontro reuniu representantes da universidade, da SMDHC e SDH/PR, além de peritos que trabalham na identificação das ossadas de Perus

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No último dia 28 de agosto, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) recebeu o evento de lançamento do Laboratório de Tecnologia em Memória e Direitos Humanos (Lab-MDH) da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. Na ocasião estiveram presentes a reitora da Unifesp, Soraya Smaili, o presidente da Comissão de Anistia, Dr. Paulo Abrão, o secretário-adjunto de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de São Paulo (SMDHC), Rogério Sottili, e a presidente da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), Maria Eugênia Gonzaga.

O Lab-MDH é uma plataforma que permite a coleta, tratamento, armazenamento e análise de dados, e terá os objetivos de apoiar pesquisas, constituir um banco de dados público e incentivar a produção e a divulgação de conhecimento sobre memória e direitos humanos. O Grupo de Trabalho Perus (GTP), do qual fazem parte instituições como a Unifesp, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) e a SMDHC, participou do desenvolvimento da ferramenta, por meio do fornecimento de dados relativos às análises das ossadas encontradas na vala clandestina do Cemitério João Bosco, no bairro de Perus.

A reitora Soraya Smaili, na abertura da mesa, falou sobre a alegria de receber o lançamento do Lab-MDH. “Queremos abrir a atividade com sentimento de acolhimento, de alegria e entusiasmo por mais uma iniciativa. Nosso engajamento pela luta dos direitos humanos teve início com a criação da Comissão da Verdade Marcos Lindemberg, em 2013. Depois criamos o Centro de Arqueologia e Antropologia Forense (CAAF), e seguimos dedicados no processo de identificação das ossadas de Perus. Nosso pleito atual é a instalação permanente do laboratório, pois a política de desaparecimento perdura nos dias atuais. A ideia é, também, criar um curso de especialização e transformar o espaço em um centro de pesquisa e formação”.

O Dr. Paulo Abrão, presidente da Comissão de Anistia, parabenizou a Unifesp e demais instituições envolvidas. “Temos aqui a SDH/PR, SMDHC e a Unifesp como uma instituição que está ajudando a catalisar tudo isso. Historicamente nossas universidades sequer colocam-se a serviço das melhores agendas de transformação social. A Unifesp tem servido como espaço acadêmico diferenciado”. Dr. Abrão finalizou seu discurso ressaltando a importância do GTP. “O trabalho realizado pelo grupo é uma ferramenta de esperança para milhares de familiares que têm mil razões para acreditar que não vai acontecer nada, e por isso quero parabenizá-los”.

Soraya Smaili concluiu exaltando o objetivo da Unifesp. “Em se tratando de direitos humanos, não podemos andar para trás. Não queremos apenas evitar retrocessos, nós queremos avançar”.

 

Lido 8068 vezes Última modificação em Terça, 13 Outubro 2015 14:36

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