Sexta, 04 Março 2016 09:24

Unifesp sedia palestra sobre patogêneses do HIV

Mauro Piacentini, da Universidade de Roma Tor Vergata, abordou o processo biológico de autodestruição das células e os agentes mórbidos do vírus da imunodeficiência humana

Por Carine Mota

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O Programa de Pós-Graduação em Farmacologia e Fisiologia da Unifesp organizou a palestra “Ambra1 a key regulator of autophagy and its implications in HIV pathogenesis”, do cientista Mauro Piacentini, professor titular da Universidade de Roma Tor Vergata e diretor do Instituto Lazzaro Spallanzani. O evento aconteceu na última quarta-feira (2/03), no Anfiteatro Leitão da Cunha, sob a coordenação da Profa Claudia Bincoletto e da reitora Soraya Soubhi Smaili.

O palestrante apresentou dados mais recentes na área da virologia e da autofagia (processo biológico de autodestruição da célula) do vírus da imunodeficiência humana (HIV). Segundo ele, esse processo desempenha um papel importante na contenção da infecção pelo vírus a longo prazo.
Desde 2006, o pesquisador colabora com a universidade em diversos projetos na área de autofagia e morte celular, além do programa Ciência sem Fronteiras. Em 2008, a Unifesp realizou pelo menos cinco cursos conjuntos com Piacentini e outros professores da mesma universidade, possibilitando uma interação cada vez maior nos estudos, laboratórios, mas também o intercâmbio de estudantes.

Atualmente, a Unifesp tem duas pós-graduandas na Itália, participando do programa de doutorado pelo Programa Ciências sem Fronteiras. No primeiro semestre de 2017, a universidade pretende realizar, junto com Piacentini, um simpósio para apresentar o desfecho desse projeto. “Isso não significa que acabou, está apenas começando, pois temos muito a fazer”, conta Soraya. “A instituição está desenvolvendo outros projetos na área de neurodegeneração, câncer e autofagia”.

O cientista também atua em outro projeto com a Unifesp, em parceria com o infectologista e professor da casa, Marcelo Burattini, com a Universidade de São Paulo (USP) e outras instituições para colaborar no estudo do Zika vírus, da América Latina e Europa.

De acordo com a reitora, a Unifesp pretende criar uma espécie de rede Zika dentro da universidade. “Existem vários pesquisadores na nossa instituição que têm algum contato ou mesmo estudos sendo iniciados na área e a intenção é reuni-los”, finaliza Soraya.

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Lido 7739 vezes Última modificação em Quinta, 24 Março 2016 13:30

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