Por Valquíria Carnaúba
Em reuniões realizadas nas Unidades José de Filippi e José de Alencar (Campus Diadema), representantes da reitoria, juntamente à diretoria do campus, apresentaram à comunidade acadêmica os resultados do estudo de passivo ambiental referente à Fase 1 do Plano Diretor de Infraestrutura (PDInfra) do campus. Essa etapa de expansão contempla a execução de três prédios que atendam demandas previstas no PDInfra, e os critérios de sustentabilidade ambiental: Bloco de Acesso, Biblioteca e Teatro e Bloco Norte.
Sinara Farago, diretora administrativa do campus, afirma que a gestão executou um trabalho de base, acarretando na otimização dos gastos. “O campus contava com altos custos e contratos ineficientes. Somente em 2014, executamos quase R$2mi a mais do orçamento, resultando em uma dívida de mais de R$1mi em notas em aberto. Já em 2015, fechamos o ano com pouco mais de R$300 mil em dívidas”, esclarece. Sinara ressalta ainda que, com gastos mais enxutos, foi possível implantar novas contratações, como o de manutenção corretiva e preventiva de ar condicionado e o de contratação de auxiliar técnico de educação, uma demanda antiga do campus (especialmente nos cursos noturnos da universidade).
Já o pró-reitor adjunto de Planejamento, Pedro Arantes, discorreu sobre a avaliação do passivo ambiental. “Na época em que o terreno foi adquirido (2009), não foi realizada uma avaliação criteriosa sobre sua segurança ambiental, posto que se tratava de uma área de atividade industrial clandestina. Em abril deste ano, após contratação de empresa para investigação preliminar e confirmatória, pudemos entregar laudo à Companhia Ambiental Do Estado De São Paulo (Cetesb), que permitiu a liberação da obra no local”, conta. Segundo Arantes, grande parte da atividade industrial ocorria na região do Complexo Didático e das casinhas de madeira. “Porém, os demais estudos serão concomitantes à obra, o que não interferirá no andamento do projeto”.
João Alexandrino, diretor do campus, relembra sua trajetória na Unifesp e reafirma o compromisso assumido com a estruturação de um modelo administrativo para o campus, bem como com o andamento dos projetos definidos no PDInfra. “Trabalhamos nesses dois anos para fazer face às precariedades detectadas. Desejamos discutir o presente e o futuro de modo a chegar a um consenso de como iremos enfrentar a situação que nos é colocada”, declara.
Presente no encontro, a reitora da Unifesp Soraya Smaili destaca que os laudos ambientais eram necessários à segurança da própria comunidade acadêmica do campus. “Com a devida autorização da Cetesb, o projeto executivo, o Plano Diretor e recursos que estão sendo garantidos pelo Ministério da Educação (MEC), o andamento das obras pode ser considerado um fato consumado”, finaliza.