Membros da Principia Jr. dando uma palestra para os colaboradores da BASF, multinacional do ramo da química, durante a SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho), em São Bernardo do Campo
A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), por meio do Conselho Universitário (Consu), publicou resolução que regulamenta as atividades das Empresas Juniores (EJ) vinculadas à instituição. A medida encerra um processo que se inicia em 2016, a partir da sanção da lei federal 13.267, cuja matéria prevê o estímulo do empreendedorismo e a normatização da existência de mais de 1.200 organizações do gênero no Brasil.
EJs são associações civis, sem fins lucrativos, constituídas e geridas por alunos de graduação de instituições de ensino superior. Sob a orientação de professores e profissionais especializados, prestam serviços e desenvolvem projetos para empresas, entidades e sociedade em geral, nas suas áreas de atuação. Hoje, essas organizações estão pulverizadas entre os diferentes campi e são compostas por estudantes de diversos cursos da universidade: Empresa Paulista de Engenharia Química Júnior (Epeq Jr), Pharminder Jr – Consultoria em Projetos Farmacêuticos, Principia Jr, BUD Jr e Sustentare Jr, estabelecidas no Campus Diadema; Empresa de Ciência e Tecnologia Multidisciplinar Júnior (ECTM Jr) , no Campus São José dos Campos; Instituto do Mar Júnior (IMar Jr.), no Campus Baixada Santista; e EPPEN Jr Consultoria, no Campus Osasco.
Pollyana Varrichio, diretora do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT/Unifesp) - instância responsável pelo início dos estudos desse tema junto à reitoria, afirma que os alunos que aderem a uma EJ são marcados pela iniciativa, criatividade e uma energia que já vinha sendo demostrada em vários projetos. “Com a regulação, estudantes e docentes apoiadores dessas iniciativas finalmente poderão ser reconhecidos, contando com maior segurança jurídica e apoio institucional. Sugerimos que as organizações em funcionamento e os alunos interessados em criar suas EJs estudem a regulamentação do Consu e iniciem seus processos junto às Câmaras de Extensão dos respectivos campi”, comemora.
Para a pró-reitora de Extensão e Cultura, Raiane Assumpção, a regulação vem ao encontro do entendimento que a instituição não poderia ficar à parte dessa realidade. Ela explica que, a partir da aprovação da criação da EJ em assembleia, seus responsáveis dão entrada no pedido pela Câmara de Extensão, que por sua vez encaminha a solicitação a um comitê composto por representantes da Pró-Reitoria de Extensão, da Pró-Reitoria de Graduação e do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT). “Tais processos almejam eximir a Unifesp de eventuais conflitos internos dos alunos, promovendo a busca de consensos e aprovações previamente entre os discentes antes de iniciar-se a tramitação e reconhecimento junto à administração da Universidade”, complementa.
Pollyana pontua que o NIT possui um mapeamento das EJs já existentes. “A ideia é que nos aproximemos desses alunos, que certamente se tornarão futuros empreendedores. Porém, ainda não há definição quanto a estratégia, instrumentos e comunicação que será adotada. A listagem pode ser consultada aqui.