Por Juliana Narimatsu

Promovido pelo Laboratório Corpo e Arte do Campus Baixada Santista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o curso de extensão Bordar: coreografar e resistir com as mãos visa trazer os conhecimentos e as práticas do bordado, especificamente, o bordado de resistência, em sua dimensão política, social e comunitária.

O bordado, aqui, surge como narrativa têxtil comumente adotada por coletivos e grupos de mulheres como formas de difusão e representação de lutas em defesa desse grupo e da comunidade. Diante disso, tal arte surge como linguagem expressiva a favor das causas humanitárias. Os encontros, denominados de círculos de costura, são organizados por mulheres como potências para ações comunitárias de conscientização, mobilização e sensibilização desse público.

Bordar: coreografar e resistir com as mãos é formado por seis encontros virtuais, cada um com sua respectiva temática – de resistência têxtil e feminismo até novelos da vida – desenvolvida por meio de atividades teórico-práticas (saiba mais detalhes aqui). Com inscrições abertas até dia 13 de março, o curso é gratuito e acontece todas quartas-feiras, das 17h30 às 19h30, a partir do dia 15 do mesmo mês.

Laboratório Corpo e Arte

O Laboratório Corpo e Arte, criado em 2011, tem como objetivo trazer o corpo e suas práticas a partir do olhar das Humanidades e das Artes. Formado por acadêmicos e também artistas, suas atividades dialogam com diversos campos, desde a Filosofia, passando por Educação até as Ciências da Saúde, a fim de habitar os muitos discursos epistemológicos sobre corpo e seus modos de invenção. Aqui, as experiências do grupo estão focadas nas artes da presença, com destaque para a dança, performance, circo e palhaço.