Diálogos Educacionais I: o Mestrado Profissional em Educação Básica em pauta
Inscrições abertas para o Mestrado Profissional em Educação Inclusiva
Sistema de ar condicionado central do Edifício de Pesquisas II recebe dispositivos de telegestão
Projeto de mestrado profissional utiliza tecnologias Internet das Coisas para reduzir custos e otimizar recursos
ICT/Unifesp desenvolve protótipo utilizado em operações de resgate com cães
Acoplada a um colete canino, tecnologia permite detectar a geolocalização do animal e monitorar sinais de estresse
Mestrado profissional em Ciência, Tecnologia e Gestão Aplicadas à Regeneração Tecidual
Inscrições abertas até 17/12
Transformando a prática profissional
A procura pelo mestrado profissional cresce no país e lapida a formação do especialista para o mercado de trabalho
Rosa Donnangelo
A comunidade científica universitária começou a se formar no Brasil entre os anos de 1920-1940. Dando impulso a esse processo, em 11 de abril de 1931, o governo federal promulgou o Decreto 19.581, que estabelecia o Estatuto das Universidades Brasileiras, conferindo à pós-graduação uma feição inspirada no modelo europeu. A consolidação do perfil dos cursos de pós-graduação seria realizada apenas três décadas depois, nos anos 1960. O mestrado profissional seria implantado pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) apenas em 1998 e, quinze anos depois, exibe sinais de transformação e desenvolvimento, cooperando para o avanço da pesquisa no país.
No Plano Nacional de Pós-Graduação para o período 2011-2020, a Capes previa aumento de 35% no número de programas de mestrado profissional entre 2011 e 2013. Atualmente há 3.653 programas e cursos de pós-graduação em vigor no país, sendo 544 o número de mestrados profissionais. Segundo o órgão, os investimentos diretos na pós-graduação, em 2010, somando bolsas e ações de fomento proporcionadas pela Capes/MEC, CNPq/MCTI e fundações de apoio (FAPs) foram de R$ 4.506.313.478,00.
Nildo Alves Batista, docente do Centro de Desenvolvimento do Ensino Superior em Saúde (CEDESS/Unifesp), acredita que em algumas áreas do conhecimento o número de programas de mestrado profissional (MP) já é maior que o de programas de mestrado acadêmico, dado o fato de que hoje não existem mais questionamentos sobre o diferencial dessa modalidade de pós-graduação. “O mestrado profissional tem mostrado cada vez mais a que veio e é muito mais voltado para o mercado de trabalho que o mestrado acadêmico. O Brasil tem caminhado muito no que diz respeito à pesquisa, de forma geral, e é claro que o mestrado profissional tem sua participação nisso.”
O mestrado profissional é uma modalidade da pós-graduação stricto sensu voltada às pessoas que já estão inseridas no mercado de trabalho e procuram problematizar sua prática utilizando-se do método científico. O mestrado acadêmico, por outro lado, é indicado para os alunos que querem seguir a carreira como pesquisadores ou docentes. O objeto de pesquisa é diferenciado, mas o título de mestre é garantido nos dois casos. “No mestrado acadêmico o estudante geralmente pesquisa o que o programa de pós-graduação oferece. No profissional o objeto de pesquisa emerge da prática”, comenta Batista.
O respaldo que os mestrandos adquirem durante a formação no MP garante a aquisição de competências para propor transformações na execução de seu trabalho. “Deve-se levar em consideração o impacto social imediato que o MP oferece, uma vez que transforma o ambiente de trabalho do mestrando”, afirma Batista. “Áreas como a de Administração, que exigem uma intensa atuação prática, são mais congruentes com o MP”.
O mercado de trabalho atual exige qualificação e a pós-graduação, tanto em nível de mestrado quanto de doutorado, é bastante positiva. “O Brasil tem mostrado uma evolução crescente na pesquisa, e nesse ponto a Unifesp é referência. O mestrado profissional contribui para esse processo, através da pesquisa, impactando a prática. Eu pesquiso, conheço melhor e, conhecendo melhor, consigo transformar”, finaliza Batista.