Segunda, 17 Fevereiro 2014 07:01

Comunidade acadêmica discute diretrizes do Projeto Político-Pedagógico da Unifesp na Zona Leste

O Instituto das Cidades e Assentamentos Humanos foi apresentado aos participantes do evento

Na última quinta e sexta-feira, dias 13 e 14 de fevereiro, a Unifesp sediou o Seminário sobre o Projeto pedagógico da Unifesp na Zona Leste, que discutiu, junto à comunidade acadêmica, as diretrizes do plano, elaboradas pela comissão mista do Conselho Universitário (Consu).

Esta comissão sugere a instalação de um Instituto que organize suas atividades no tema Cidades e Assentamentos Humanos, que visa oferecer cursos de graduação ainda inexistentes e formar profissionais como engenheiro civil, engenheiro de transporte, engenheiro sanitário e ambiental, arquiteto, geógrafo, designer público, profissional do turismo e gestor de políticas culturais.

Ao mesmo tempo, esse comitê tem o objetivo de propiciar a participação da Universidade no debate global sobre cidades e assentamentos humanos, seus problemas e soluções; tornar-se polo de formação em políticas e tecnologias urbanas, com reconhecimento nacional e internacional, participando de redes internacionais de pesquisa e colaboração na área; ampliar a oferta de cursos de graduação, especialização, pós-graduação e extensão universitária, colaborando para minimizar o desiquilíbrio entre oferta privada e pública de ensino superior na Zona Leste, considerando a baixa oferta de cursos voltados a essa área na região; mobilizar métodos de ensino atualizados e inovadores, que estimulem o conhecimento teórico, empírico e experimental, combinando o uso de tecnologias digitais, ateliês de projeto, canteiros de obra experimentais e laboratórios de protótipos, entre outros pontos.

Presidiram a mesa de abertura a reitora da Unifesp, Soraya Smaili, Fernando de Mello Franco, secretário municipal de desenvolvimento urbano, representando o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e Ana Martins, representando o Padre Ticão e os movimentos sociais da Zona Leste. “Nós temos o enorme desafio nessa implantação e constituição do campus Zona Leste da Unifesp. Ainda estamos consolidando a expansão que ocorreu nos últimos sete anos, precisamos de um orçamento maior e a pactuação para que nós tenhamos a abertura do mesmo. Estamos na liderança para conseguirmos superar todas as fases para que ocorra a implantação da nossa Unifesp na Zona Leste”, explica.

Fernando de Mello Franco destacou a importância da questão das Cidades no projeto da Unifesp que, sem dúvida, é uma questão que permeia praticamente todas as relações humanas e faz com seja inédito, num ponto de vista bastante promissor, e que traz uma questão importante por ser um projeto absolutamente singular perante os projetos pedagógicos de outros cursos. Ana Martins contou a história do movimento em prol da Zona Leste e os resultados de anos de batalha. “Queremos assumir um novo desafio de universidade, precisamos de um olhar maior. Queremos uma universidade com outro perfil, com qualidade, com inserção da sociedade, com acesso democratizado, garantindo a permanência em bairros periféricos e nós temos certeza que isso vai ajudar no desenvolvimento”, concluiu.

 

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