Sexta, 26 Fevereiro 2016 15:23

Relatório de diagnóstico do desastre ambiental no Rio Doce tem colaboração da Unifesp

Universidade contribuiu com a elaboração do documento da força-tarefa de Minas Gerais

Pesquisadores da Unifesp encaminharam em dezembro do ano passado ao governo de Minas Gerais um documento com indicações sobre as estratégias de trabalho e de monitoramento dos impactos ambientais, sociais e econômicos ocorridos no Rio Doce, causados pelo rompimento das barragens de rejeitos da Samarco.

A iniciativa foi organizada através de um chamado da Reitoria aos pesquisadores da universidade. Os ministérios e governos estaduais de Minas Gerais e Espírito Santo receberam ofícios da reitoria, que colocou a instituição a disposição para colaborar. "O objetivo foi o de auxiliar as autoridades a reforçar sua capacidade técnica para análise da situação e indicação das ações a serem tomadas pelos envolvidos. Estamos cientes que esse tipo de atitude por parte da universidade pública vai ao encontro de sua missão social, sobretudo em um momento crítico como esse", afirma a reitora Soraya Smaili.

Em novembro de 2015 o governo de Minas Gerais constituiu uma força-tarefa designada para elaborar um relatório detalhado sobre os danos ambientais, econômicos, materiais e humanos. A Unifesp aderiu à força-tarefa em dezembro e, em janeiro de 2016, enviou um representante para a reunião de fechamento dos trabalhos. "A reunião serviu para ajustar os principais pontos que sustentam o relatório da força-tarefa e teve a participação de diversas instituições, tanto nacionais como internacionais", aponta Décio Semensatto, presente na reunião pela Unifesp. Esse documento servirá como referência para o governo estadual orientar suas diretrizes de ação e estabelecer junto aos responsáveis um plano de recuperação da bacia hidrográfica.

A Unifesp indicou a necessidade de uma análise ambiental integrada como ferramenta de diagnóstico e monitoramento, a partir da visão de que os componentes naturais e artificiais que formam a bacia hidrográfica estão todos interligados entre si e interferem uns sobre os outros. "Agora estamos estruturando a rede de universidades que atuarão em conjunto na bacia", esclarece Décio Semensatto.

O relatório da força-tarefa foi publicado na segunda quinzena de fevereiro e pode ser acessado no seguinte endereço: http://www.urbano.mg.gov.br/images/NOTICIAS/2016/relatorio_final.pdf

Lido 7778 vezes Última modificação em Segunda, 14 Março 2016 13:10

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