Por Marianna Rosalles
O Anfiteatro Leitão da Cunha recebeu, na manhã de quarta-feira (22/6), o primeiro dia do Ciclo de Palestras sobre Saúde no Ambiente de Trabalho. Promovido pelo Departamento de Saúde do Trabalhador da Pró-Reitoria de Gestão com Pessoas, o assunto tratado foi Comunicação e Sofrimento no Trabalho, com palestras conduzidas pela diretora do Departamento de Comunicação Institucional da Unifesp, professora Luciana Borges, e pela professora Laura Camara Lima, especialista em Saúde Mental relacionada ao trabalho.
Luciana iniciou sua palestra falando sobre comunicação saudável. Ela abordou a importância da boa comunicação em um ambiente de trabalho e enfatizou o quão preocupante é o isolamento e a comunicação distorcida no expediente e suas consequências para toda a equipe. Segundo a educadora, a empatia e a compreensão sobre o outro são fundamentais para a criação do hábito do diálogo. “Muitas vezes, as questões da vida pessoal refletem no ambiente de trabalho, assim como as enfermidades de cada um afetam o fluxo da comunicação”, sintetizou. Por esse motivo, os trabalhadores devem estar atentos a seus colegas e evitar um comportamento individualista de forma a criar um ambiente harmônico para todos.
Laura compartilhou com o público o resultado de suas pesquisas sobre adoecimento e estresse no serviço. A professora considera que a precarização do trabalho, a exigência da perfeição e a avaliação individualizada do desempenho dos funcionários contribuem para a criação de um ambiente nocivo, que pode acarretar em severas consequências para os profissionais, como o desenvolvimento de transtornos mentais. “Há uma urgência em se preocupar com a saúde no trabalho, uma necessidade de mudança na cultura da organização e o fortalecimento do coletivo que são fundamentais para remediar esses problemas”, relatou.
Presente no encontro, juntamente com a sua equipe, a professora Angélica Belasco, diretora de enfermagem do Hospital São Paulo, comentou sobre as ações que a instituição tem feito para tentar remediar problemas referentes à saúde do trabalho. Para as queixas de doenças osteomusculares, há um projeto de saúde laboral que atua até três vezes por semana na enfermagem do hospital, além de uma equipe de psicólogos e psiquiatras para o atendimento de questões emocionais.
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