Quarta, 04 Mai 2016 15:24

Projeto Xingu iniciará monitoramento ambiental no parque indígena

Nova iniciativa de atuação da Unifesp foca na análise de contaminantes gerados por atividade agrícola e utilização de fitossanitários

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A reitora Soraya Smaili, ao centro, e o pró-reitor adjunto de Planejamento, Pedro Arantes, recebem a equipe do cacique Afukaka Kuikuru (à esquerda), juntamente com coordenadores do Projeto Xingu e pesquisadores do Campus Diadema

A reitora Soraya Soubhi Smaili, o cacique Afukaka Kuikuro e os coordenadores do Projeto Xingu, Douglas Rodrigues e Sofia Mendonça, lançaram, no último dia 29 de abril, uma nova iniciativa de atuação da Unifesp no Parque Indígena do Xingu (PIX), agora direcionada à análise de contaminantes gerados pela intensa atividade agrícola e utilização de fitossanitários em seu entorno imediato e em suas bacias hidrográficas.

O cacique Afukaka solicitou, em janeiro de 2016, por meio de Pedro Arantes, pró-reitor adjunto de Planejamento da Unifesp, a ampliação da parceria da universidade com o PIX na área socioambiental, com foco em análise da possível contaminação das águas e peixes, o que coloca em risco a saúde de mais de 7 mil indígenas.

Os professores do Instituto de Ciências Ambientais, Químicas e Farmacêuticas da Unifesp – Campus Diadema, Décio Luis Semensatto Junior, do Setor de Ciências Ambientais, e Diogo de Oliveira Silva, do Setor de Química, coordenarão a pesquisa que contará com a parceria do Instituto Sócio Ambiental (ISA).

Paulo Junqueira, membro do ISA e coordenador adjunto do Programa Xingu, já realizou pesquisas similares e afirma que a parceria com a Unifesp será fundamental para a consolidação do monitoramento das novas sub-bacias da região. Duas missões ao PIX estão planejadas ainda para esse ano, dando início às coletas de amostras de água.

"Hoje, aproximadamente 130 substâncias fitossanitárias direcionadas ao cultivo da soja estão registradas pelo Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). No entanto, há indicativos do uso de agrotóxicos ilegais, com pouca fiscalização e conhecimento sobre seu emprego", explica Diogo Silva.

“Cabe à Universidade avançar no conhecimento sobre tais impactos para o meio ambiente e a saúde coletiva, e colaborar com as políticas públicas em conjunto com as diferentes populações do país”, afirmou a reitora.

Para Douglas Rodrigues, é essencial que o Projeto Xingu conte com as outras áreas de conhecimento da Unifesp no próximo ciclo de atuação do Projeto Xingu, que acaba de completar 50 anos de atividade. “Essa é a primeira iniciativa da nova fase”.

 

 

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