Por Daniel Patini
O trabalho de um grupo de estudantes de graduação e pós-graduação da Unifesp, USP e Unesp recebeu medalha de prata em um dos principais eventos em Biotecnologia do mundo, a competição The International Genetically Engineered Machine (iGEM), que aconteceu entre os dias 27 e 31 de outubro em Boston, EUA.
Na ocasião, o grupo apresentou os primeiros resultados de uma proposta inovadora, de fácil utilização e que poderá ser produzida em larga escala: o projeto AlgAranha, que visa criar um curativo composto por proteínas de teia de aranha e proteínas antimicrobianas para vítimas de queimaduras.
“A proposta é que essas proteínas sejam produzidas por meio de técnicas de manipulação genética em microalgas”, explica Eduardo Padilha, estudante de graduação do curso de Farmácia e Bioquímica do Campus Diadema da Unifesp que integra o grupo.
Lançada em 2004, o iGEM é uma competição que visa o desenvolvimento e divulgação da biologia sintética. Anualmente, equipes de alunos de graduação e pós-graduação do mundo inteiro se reúnem para apresentar seus projetos, com alto impacto tecnológico, científico e industrial. Na edição deste ano, participaram mais de 300 equipes.
Além de comemorar a premiação, Padilha ressaltou a importância do encontro. “O evento foi uma oportunidade incrível para troca de experiências e contato com estudantes de diversos países, por meio de palestras e apresentações de projetos instigantes. Apesar disso, é triste ver que a participação do Brasil, assim como da América Latina e África, ainda é pouco expressiva. Precisamos mudar isso e acredito que a premiação do time é um grande passo rumo ao avanço da pesquisa científica e tecnológica em nosso país".