Primeira turma do curso de extensão em Direitos Humanos recebe certificado
Na última segunda-feira (28/11), aconteceu a cerimônia de encerramento do curso de extensão em Direitos Humanos, desenvolvido na modalidade a distância e promovido pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com a Escola do Parlamento. O evento contou com a participação de, aproximadamente, 70 pessoas na Câmara Municipal de São Paulo.
O curso de extensão em Direitos Humanos visa discutir os fundamentos dos Direitos Humanos no mundo contemporâneo, assim como os marcos regulatórios e seus enraizamentos nos movimentos sociais de defesa das minorias, de igualdade e de justiça social. São oferecidas 170 vagas – sendo 20 reservadas para servidores e 30 para alunos de graduação da Unifesp, além de 120 para munícipes – e em três módulos: Módulo I (Fundamentos Filosóficos e Históricos dos Direitos Humanos e a construção dos marcos regulatórios), Módulo II (Direitos Humanos: sociedade, cultura e educação) e Módulo III (Direitos Humanos: resistência e combate às opressões na sociedade brasileira).
Para o coordenador de Educação a Distância do curso, Luciano Gamez, a parceria entre a Unifesp e a Escola do Parlamento “permitiu ampliar os horizontes de atuação da extensão universitária e promover o debate sobre os Direitos Humanos, integrando públicos diversos e heterogêneos movidos pelo desejo comum de viver em uma sociedade onde haja, acima de tudo, respeito pelas diferenças”.
Durante o evento, foram levantados alguns pontos de discussão como o resultado da pesquisa desenvolvida por Ana Nemi, coordenadora do curso de extensão em Direitos Humanos e da Comissão da Verdade Marcos Lindenberg, que teve como objetivo “examinar e esclarecer as violações de Direitos Humanos praticadas durante a ditadura militar envolvendo membros da comunidade Unifesp”.
Além disso, Bruno Comparato, docente de Ciência Sociais da Unifesp, trouxe ao debate os crimes de maio de 2006 e o confronto ocorrido, na época, entre a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e a polícia paulista, ocasionando 564 mortes e muitas rebeliões em presídios da capital.
As temáticas incentivaram a participação do público presente, entre eles, estudantes e servidores da Unifesp, servidores da Câmara Municipal de São Paulo e policiais. Ao final do evento, os participantes do curso de extensão em Direitos Humanos receberam seus certificados de participação do evento e de conclusão de curso.
Bruno Comparato e Ana Nemi, docentes da Unifesp
*Fotos: Luciano Gamez