Segunda, 05 Dezembro 2016 10:53

Disciplina de Medicina Esportiva da Unifesp faz acompanhamento de jogadores de futebol

Mediante convênio com a Federação Paulista de Futebol, atletas de oito clubes do estado passarão por avaliações médicas e fisioterapêuticas

Por José Luiz Guerra

Equipe do CETE/EPM/Unifesp durante teste de força de atleta do São Caetano
Equipe do CETE/EPM/Unifesp durante teste de força de atleta do São Caetano. Crédito: José Luiz Guerra 

A disciplina de Medicina do Esporte e da Atividade Física da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp), em parceria com a Federação Paulista de Futebol, iniciou um trabalho de avaliação física de atletas profissionais de futebol. A Associação Desportiva São Caetano, em 22 de novembro e o Esporte Clube Santo André, no dia 2 de dezembro, foram as primeiras equipes a ser avaliadas. 

As avaliações consistem em verificar a condição física atual de cada atleta, pensando em todos fatores importantes para o melhor desempenho de cada jogador e, posteriormente, orientar os clubes pontualmente em casos que requerem mais cuidados. Para tanto, os jogadores são submetidos a exames laboratoriais, cardiológicos e de imagem, sob a supervisão de uma equipe multidisciplinar. Além dos elencos do São Caetano e do Santo André, a disciplina receberá os elencos do Agua Santa (7/12), do Ituano (6/12/16), do Bragantino (13/12), do Juventus (16/12/16), do Grêmio Osasco (10/1/17) e do Guarani (13/1/17), totalizando mais de 200 avaliações.

Atleta da equipe do São Caetano durante avaliação física
Atleta da equipe do São Caetano durante avaliação física. Crédito: José Luiz Guerra

“Englobamos o atleta como um todo”, explica Karina Hatano, uma das coordenadoras do grupo de avaliação. A médica ressalta que alguns exames específicos, tais como os testes genéticos, podem indicar e ajudar a prevenir futuras lesões. Ela diz ainda que o intuito maior desta avaliação é a elegibilidade ao esporte e verificar se o atleta está apto à pratica esportiva de alto rendimento. Paulo Zogaib, fisiologista do esporte e também coordenador da equipe, destaca a importância da atividade, inclusive, na identificação de riscos de morte. “Desde a morte do Serginho (atleta do São Caetano que faleceu durante uma partida de futebol em 2004), cresceu a preocupação de entidades como a Sociedade Brasileira de Cardiologia e de Medicina do Esporte em se realizar uma avaliação prévia mais criteriosa dos atletas, com o intuito de evitar esses episódios”.

Na área da fisioterapia, a análise do desempenho mediante esforço também é importante, como ressalta o supervisor de fisioterapia da disciplina, Ronaldo da Cunha. “Os resultados da análise do desempenho físico e da função muscular são passados para os clubes que, a partir deles, elabora o programa de exercícios”.

Creditada pela Federação Internacional de Futebol (FIFA) como centro de referência, a disciplina de Medicina do Esporte e da Atividade Física da EPM/Unifesp realiza, além do trabalho específico com atletas profissionais, o acompanhamento, de forma gratuita, de atletas amadores, estimando um total anual de mil atendimentos. O centro também participou da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, e nos jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, dando suporte na área da saúde durante esses eventos.

Atleta do Santo André durante avaliação
Atleta do Santo André durante avaliação. Crédito: Rogério Perasollo CETE/EPM/Unifesp

Atleta do Santo André passando por teste cardiológico
Atleta do Santo André passando por teste cardiológico. Crédito: Rogério Perasollo CETE/EPM/Unifesp

Lido 13450 vezes Última modificação em Terça, 14 Novembro 2017 15:51

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