Encontro aborda atuação e rumos das empresas juniores na Unifesp
Por Valquíria Carnaúba
O diretor do NIT/Unifesp, Jair Chagas, e a reitora da Unifesp, Soraya Smaili, na abertura do evento
No dia 2/12 (segunda-feira), a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) realizou o evento Universidade Empreendedora e o Papel das Empresas Juniores (EJs). O encontro, promovido pelo Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT/Unifesp), foi organizado para discutir o fomento ao empreendedorismo na universidade contemporânea, analisar os mecanismos de regulamentação da interação entre a Unifesp e suas empresas juniores, e definir o papel dessas organizações na formação dos alunos.
A reitora da instituição, Soraya Smaili, afirmou na abertura do evento que foi positivamente surpreendida ao conhecer os projetos das EJs da Unifesp. “Percebi que existe um desejo enorme entre os estudantes de se organizar e fazer coisas muito boas para a sociedade. Além disso, esses espaços são muito importantes para esses estudantes aprenderem como funciona uma gestão e tomar decisões. É mais um aspecto que a universidade possibilita para o aprendizado dos estudantes”, pontua. A reitora se comprometeu com a criação do Núcleo das Empresas Juniores, por meio de portaria. “O documento está finalizado, e sua publicação está condicionada à decisão sobre o setor da universidade ao qual o núcleo ficará vinculado”, pontua.
O diretor do NIT, Jair Ribeiro Chagas, lembrou que a atividade das EJs nas universidades brasileiras foi normatizada com a lei 13.267/2016 neste ano, portanto é o momento de avançar, especialmente no que diz respeito à inovação. "Precisamos costurar relações e atores da inovação para permitir que as coisas se realizem, de forma que a iniciativa privada passe a olhar as universidades públicas como entidades formadas por pessoas que podem e devem propor soluções", ressalta.
O professor Paulo Lemos, empreendedor e educador na área de empreendedorismo e inovação na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), enriqueceu o debate trazendo experiências vividas com estudantes e durante seu trabalho de doutorado. Alguns dos conceitos que Lemos expôs foram ecossistemas de inovação, startups e propriedade intelectual. “O ensino de empreendedorismo deve ser abordado de modo mais amplo na universidade. Empreendedorismo, nesse contexto, significa interatividade, compromisso, orientação à execução, dinamismo, características desejáveis para atuação em qualquer área. Vai muito além da geração de novos negócios”, discorre Lemos.
Paulo Lemos, empreendedor e educador na área de empreendedorismo e inovação na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
O encontro foi marcado ainda pela presença de Marta Cristina Marjotta-Maistro, professora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que tratou sobre a realidade institucional da interação entre universidade e EJs.
Segundo a vice-diretora do NIT, Pollyana Carvalho, as perspectivas para essas organizações estudantis são extremamente positivas. “Os estudantes universitários que participam das EJs podem conhecer novas formas de conhecimento e vivências em sua formação, envolvendo gestão, planejamento estratégico e marketing. O evento teve como objetivo demonstrar as possibilidades de atuação e regulamentação das empresas jr na Unifesp à luz da experiência de outras universidades, bem como poderia ocorrer uma maior interação com sinergias com o meio acadêmico", finaliza.
Marta Cristina Marjotta-Maistro, professora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)