Por Ana Cristina Cocolo
Uma tendência mundial, a preocupação com a fraude em pesquisas científicas vem crescendo no Brasil. Face a isso, várias universidades, inclusive a Unifesp, já estão trabalhando para buscar alternativas e ferramentas que ajudem a coibir essa prática.
Para fomentar uma cultura da integridade nas práticas científicas, a Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa da Unifesp criou, recentemente, a Comissão Institucional de Integridade Acadêmica. Entre os objetivos principais do grupo estão: estimular a discussão sobre questões que envolvem a integridade e a responsabilidade acadêmicas dentro da comunidade universitária, propor medidas educativas e preventivas para impedir que fraudes ocorram em trabalhos científicos, além de colaborar com diretrizes para a implementação de ações corretivas em conformidade com os órgãos institucionais já existentes.
De acordo com o presidente da comissão, Bruno Comparato, é importante a criação de uma estrutura dentro da universidade que atue diretamente sobre o tema, não em caráter punitivo, a princípio, mas preventivo, municiando alunos e docentes de uma educação mais aprofundada sobre a questão. “As agências de fomento são parceiras extremamente importantes das universidades. Nada mais justo que nos cobrem resultados concretos do dinheiro investido em produção científica de qualidade que atente para evitar a possibilidade de fraudes e plágios”, afirma. “Essa má conduta não é somente ruim para o pesquisador, mas também reflete negativamente para a imagem da instituição”.