Por Daniel Patini
Uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), publicada na Revista Menopause, mostrou os prejuízos que a obesidade pode trazer para o sono de mulheres na pós-menopausa, período caracterizado pela cessação permanente da menstruação.
Para essa investigação, foi realizado exame de polissonografia de noite inteira em 53 mulheres na pós-menopausa, com idade entre 50 e 70 anos, sem uso de terapia hormonal. Também foram analisadas as medidas antropométricas, que incluíram o Índice de Massa Corporal (IMC), circunferências da cintura, do quadril e do pescoço, dentre outras. A partir do IMC, essas mulheres foram divididas em um grupo de obesas e de não obesas.
“Entre os principais resultados, constatou-se que, em mulheres na pós-menopausa, os valores elevados do Índice de Massa Corporal (IMC) e a obesidade abdominal influenciaram os distúrbios de sono, diminuindo o sono profundo e a sua eficiência, além de elevar o risco de apneia obstrutiva do sono em até 60%, relata Maria Fernanda Naufel, autora principal do artigo.
Além disso, segundo ela, o estudo confirmou o que outros estudos já vinham mostrando: as mulheres na pós-menopausa apresentam ganho de peso expressivo e migração da gordura para região abdominal.
O trabalho envolveu pesquisadores(as) dos Departamentos de Fisiologia, Psicobiologia e Ginecologia da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp) e do Departamento de Ginecologia da Casa de Saúde Santa Marcelina.